A médica Fernanda Dias afirmou nesta quinta-feira, em Luanda, que, apesar das medidas sanitárias de controlo da endemia, da vigilância epidemiológica e da melhoria dos indicadores de cobertura sanitária, o país continua a assistir ainda ao aumento da susceptibilidade e gravidade da infecção malárica.
Fonte: Angop
Fernanda Dias teceu estas considerações quando dissertava sobre as doenças tropicais, que estão a ser abordadas nas jornadas científicas abertas hoje, na Faculdade de Medicina, na capital do país.
Segundo a especialista em medicina interna, a compreensão das causas de variabilidade individual na resposta à infecção continua a ser um dos maiores desafios ao tratamento e controlo da doença.
De acordo com ela, actualmente os factores genéricos ligados quer ao hospedeiro, quer ao parasita contribuem significativamente para a variabilidade da resposta individual à infecção da malária.
“A variante de HBS parece diminuir o risco de infecção pelo parasita da malária, provavelmente porque evita a invasão e crescimento dos parasitas no eritrócito, embora estes mecanismos de protecção não estejam suficientemente claros”, disse.
Referiu que se deve, em primeiro lugar, identificar as populações parasitárias, analisar as espécies de plasmodium e fazer estudos exploratórios nas 18 províncias do país.
Explicou ainda que apesar das infecções mistas serem muitas vezes subestimadas e poucos estudos terem focado o tema, existem algumas evidências de que eventuais interacções entre diferentes espécies presentes simultaneamente no mesmo hospedeiro, poderão afectar a gravidade da doença.
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