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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Associação de jornalistas aposta na luta contra estigma e descriminação dos seropositivos


A luta contra o estigma e a descriminação dos seropositivos em Angola e não só, continua a ser a aposta da Associação Angolana de Jornalistas na Luta contra a Sida (AAJL-SIDA), disse hoje, quarta-feira, o seu director executivo, Hele Bessa.

Em declarações à Angop à margem do “1º Debate Público sobre Garantias e Liberdade de Imprensa em Angola”, Hele Bessa referiu que esforços estão a ser envidados para que a sociedade, sobretudo os profissionais dos órgãos de comunicação social, sejam cada vez mais participativos na promoção da justiça social, no seio daqueles que vivem com Vih/Sida.
 “A divulgação das questões relacionadas com esta doença ainda é muito escassa no seio da media, por isso temos de trabalhar mais para que todos possamos dar o nosso contributo no programa do Governo com relação a esta temática", considerou Hele Bessa.

A promoção de mecanismos de articulação da media com outros sectores, com vista a proporcionar uma maior advocacia dos direitos dos seropositivos como fonte de garantia da sua não marginalização são, entre outras, políticas traçadas pela associação, de acordo com o seu responsável.

Com o alargamento das suas estruturas em todas as províncias de Angola, estando já instalada nove delegações das 18 previstas, a “AAJL-SIDA” vai disseminar cada vez mais os conteúdos ligados com o Vih/Sida, com vista a sua redução, em Angola.
 “O que queremos é dar o nosso contributo na prevenção e controlo da epidemia, garantindo a integração das pessoas vivendo com a doença e outras sexualmente transmissíveis, bem como o respeito pelos direitos dos seropositivos e pela cidadania”, disse Hele Bessa.

Lamentou, por outro lado, o facto de Angola ainda não se ter uniformizado os dados referentes as pessoas portadoras da doença, dali a necessidade da realização de um encontro nacional para que se compreenda melhor deste aspecto.
 “Não é bastante seguro avançar dados ligados com Vih/Sida em Angola, porque a sociedade civil avança um dado, o próprio Governo outro e as Nações Unidas idem”, concluiu.

Entre outras intenções, o evento visa reunir e colher contribuições de profissionais de diversos órgãos da Comunicação Social para uma melhor e regular actividade jornalística no país, bem como a garantia de um espaço de debate em prol dos portadores dessa doença.

Sob lema “Por uma media Plural e Isenta ao Serviço das Comunidades, Participemos”, o encontro reúne também estudantes de Comunicação Social, académicos, parceiros sociais e membros do Governo.

Durante o certame, que decorre numa das salas de conferências do Instituto Médio de Economia de Luanda (IMEL), serão abordados temas relacionados com “ A nova Constituição da República, garantias e oportunidades para o exercício da media em Angola”, “O Ante-projecto lei sobre crimes informáticos, regulação da Internet em Angola, seus efeitos e consequências”, entre outros.

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