A República de Angola registou acima de 45 mil casos de tuberculose em 2010, mais três mil casos em relação a 2009 em que foram notificados mais de 42 mil casos da doença.
O médico do Programa Nacional de Luta Contra a Tuberculose e Lepra da Direcção de Saúde Pública do Ministério da Saúde, Celestino Teixeira referiu que a tendência actual em Angola é para o aumento de casos da doença.
Celestino Teixeira disse que em 2009, foram registados 42.686 casos de tuberculose, enquanto no ano passado os números de casos ficaram acima dos 45 mil.
O especialista adiantou que o aumento de casos tem haver com a melhoria e a expansão dos serviços prestados em relação a tuberculose em todas as unidades do país.
"Estão a ser abertas novas unidades para diagnóstico e tratamento da doença e a expansão destes serviços, conduz naturalmente a uma melhor detenção e o aumento de números de casos", especificou.
De acordo com Celestino Teixeira, a estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS), adoptada pelo governo angolano, é lutar para a redução de casos para que até 2015 se diminua para 50 porcento o número de doentes.
Afirmou que nas comunidades nem todos os casos são detectados, pois existem situações que escapam dos serviços por várias razões, com destaque para a informação, assim como o facto de muitos doentes não se apresentarem as unidades de saúde.
"Ainda existem zonas do país onde a informação sobre a tuberculose não chega e as pessoas voluntariamente não se apresentam aos serviços e a norma do programa não é a busca ou detenção activa de casos, situação que dificulta o seu registo", explicou.
Em função da situação, prosseguiu o médico, preocupação é divulgar informações sobre a tuberculose, no sentido das pessoas terem conhecimentos e possam acorrer voluntariamente as unidades de saúde, quer os pacientes tenham os sinais e sintomas da doença, quer as pessoas que convivem com os doentes.
A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo mycobacterium tuberculose ou bacilo de Koch, nome dado em homenagem ao seu descobridor, o bacteriologista alemão Robert Koch, em 1882.
Outras espécies micobactérias, como as Mycobacterium bovis, M.africanum e M.microti também podem causar esta doença, que afecta principalmente os pulmões, os rins, órgãos genitais, intestino delgado e os ossos.
A transmissão é directa e ocorre de pessoa para pessoa via gotículas de saliva contendo o agente infeccioso, sendo maior o risco de transmissão durante contactos prolongados em ambientes fechados e pouca ventilação.
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