Angola registou três milhões, 687 mil e 574 casos suspeitos de malária em 2010, contra três milhões 726 mil 606 observados em 2009, continuando a ser a principal causa de doença e morte.
Em entrevista à Angop, em Yamoussoukro, Côte d’Ivoire, Filomeno Fortes, director do Programa Nacional de Controlo da Malária em Angola, disse que as províncias de Luanda, Huambo, Huíla, Bié, Benguela, Kwanza Sul e Cabinda concentram 72 porcento de todos os casos suspeitos.
Acrescentou que nos últimos cinco anos, com a intensificação das acções de controlo, o número de óbitos tem reduzido de forma apreciável, tendo sido registados oito mil 114 óbitos em 2010 contra dez mil e 505 observados em 2009, correspondendo a uma redução de 23 porcento.
Com a implementação do tratamento preventivo nas grávidas, com sulfadoxina+pirimetamina, a partir do quarto mês de gravidez, nas consultas pré-natal, verificou-se uma redução de mortalidade materna de 15 porcento para dois porcento nos últimos cinco anos.
Segundo a fonte, as principais intervenções de controlo da malária em Angola assentam no diagnóstico e tratamento correcto dos casos, nas medidas preventivas, sobretudo na distribuição de redes mosquiteiras tratadas com insecticida, na luta contra o vector e na educação para a saúde.
De acordo com Filomeno Fortes, o uso dos testes rápidos têm contribuído para a melhoria do diagnóstico em todos os municípios, bem como a prescrição do Coartem tem reduzido o aparecimento de casos graves.
Os principais parceiros no combate à malária em Angola têm sido a Iniciativa Presidencial Americana e o Fundo Mundial.
Apesar de todo este esforço, o Programa Nacional carece de mais meios em redes mosquiteiras, testes rápidos e de luta antivectorial (pulverização interna de residências com insecticida de efeito residual), para poder atingir as metas de cobertura universal preconizada nos objectivos de desenvolvimento do milénio.
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