Pelo menos 79,9 porcento das pessoas que vivem em Angola, num universo de 16 milhões 367 mil e 879, segundo estimativa populacional de 2008/09, já ouviram falar de VIH/SIDA.
Deste número apenas 23 porcento têm conhecimento suficiente para evitar a infecção por VIH, indica o Relatório Analítico do Inquérito Integrado sobre o Bem-Estar da População.
Segundo o documento, apresentado terça-feira, em Luanda, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no caso das mulheres do grupo dos 15-49 anos, 84 porcento destas já ouviram falar de VIH/SIDA e 86 porcento nos jovens entre 15-24 anos.
Entre estes, prossegue o relatório, 90 porcento dos jovens da faixa dos 20-24 e 83 porcento da faixa 15-19 já ouviram falar do VIH/SIDA.
Abaixo dos 15 anos e acima dos 49, a percentagem da população que já ouviu falar alguma coisa sobre VIH/SIDA baixa para 50-60 porcento.
Também existem diferenças entre géneros, com desvantagem para as mulheres em todas as faixas etárias.
Globalmente, as mulheres ouviram falar menos do VIH/SIDA (77%) do que os homens (83%), o que pode ficar a dever-se, para além de outros factores, a maior mobilidade social destes.
Entre os jovens, regista-se um maior equilíbrio entre os géneros: 87% para os homens e 85% para as mulheres. Estes dados indicam a necessidade de concentrar a necessidade de comunicação de informação e educação nos grupos dos jovens na faixa dos 15-19 anos e das mulheres.
As diferenças de conhecimento são significativas entre as regiões mais urbanizadas, onde atinge 91%, e as rurais, com apenas 66%. Este padrão mantém-se no caso das outras faixas etárias, sendo a diferença entre zonas menor, no caso dos jovens.
A separação destes dados por província evidencia disparidades geográficas importantes.
Enquanto Luanda apresenta percentagens quase universais de população que já ouviu falar de VIH/SIDA, de cerca de 97/% para toda a população, 98% na faixa etária 15-24 anos e 98,5% no caso das mulheres dos 15-49 anos, as províncias do Bié e Kwanza Sul apresentam os valores mais baixos.
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