A campanha da Fundação Lwini de recolha de alimentos não perecíveis para a população da Somália, país mais atingido com a grave seca no Corno de África e onde 750 mil pessoas estão sujeitas a morrer até ao final deste ano devido à fome, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), foi aberta esta terça-feira em Benguela.
Denominada "Seja Solidário", a campanha visa à arrecadação de donativos para mitigar a situação de crise alimentar da população somali.
Segundo a coordenadora da campanha, Esmeralda da Cruz Neto, as pessoas solidárias com a população daquele país, devido à seca prolongada e à guerra prevalecentes, devem entregar os bens, entre alimentos, roupas e calçados, na Unidade de Protecção de Individualidades Protocolares (Upip) junto ao palácio do governo provincial de Benguela.
Esmeralda da Cruz Neto disse estarem disponíveis contentores para armazenar os bens que forem recolhidos, acrescentando que outros locais serão indicados para as pessoas ávidas por participar da iniciativa filantrópica para ajudar aquele povo do norte de África.
De acordo com a responsável, para que a iniciativa tenha sucesso, a coordenação da campanha pretende fazer um trabalho em conjunto com diversas instituições e segmentos da sociedade angolana em Benguela, sobretudo igrejas.
Destacou que entre as acções que devem ser desenvolvidas destaca-se a mobilização das paróquias, da Promoção da Mulher Angolana na Igreja Católica (Promaica), da organização feminina do MPLA (OMA), partidos políticos e associações juvenis.
Aproveitando a oportunidade para apelar à participação de todos os benguelenses nesta campanha, Esmeralda da Cruz Neto disse que os bens serão encaminhados à Fundação Lwini em Luanda à medida que as pessoas os forem entregando aos pontos de recolha na província.
A par disso, o Executivo angolano organiza através do Ministério das Relações Exteriores uma ampla campanha de recolha de bens e valores monetários, já que entre as decisões tomadas na última cimeira da SADC, decorrida em Luanda, está a assistência humanitária urgente às populações da Somália afectadas pela fome.
Entretanto, para a ONU, o controle da crise alimentar na Somália, causada pelo longo período de seca e de conflito armado e que atinge cerca de 13 milhões de somalis, cujas vítimas principais são crianças com menos de 5 anos, depende da ajuda da comunidade internacional.
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