Assinala-se hoje, 14 de Novembro, o Dia Mundial de Combate a Diabetes, definido pela Federação Internacional contra as Diabetes (IDF), entidade vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Dia Mundial das Diabetes é comemorado anualmente com o objectivo procurar aumentar o conhecimento sobre esta doença, o aumento das suas taxas a nível mundial e a forma de prevenção da doença na maioria dos casos.
Este Dia é celebrado a 14 de Novembro para assinalar o aniversário de Frederick Banting, que juntamente com Charles Best desempenhou um papel crucial na descoberta da insulina em 1922, a substância que permite salvar a vida dos doentes com diabetes.
A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose proveniente dos alimentos.
À quantidade de glicose no sangue chama-se glicemia e quando esta aumenta diz-se que o doente está com hiperglicemia.
Dados publicados pela OMS em 2005 estimam que mais de 180 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de diabetes. Esta cifra poderá duplicar até 2030 se não forem tomadas medidas apropriadas para o controlo desta doença. Cerca de 80% das mortes por diabetes ocorrem nos países com médios rendimentos.
O que é a diabetes?
É uma disfunção do metabolismo, ou seja, do jeito com que o organismo usa a digestão dos alimentos para crescer e produzir energia. A maioria das comidas que comemos é quebrada em partículas de glicose, um tipo de açúcar que fica no sangue. Esta substância é o principal combustível para o corpo.
Depois da digestão, a glicose passa para a corrente sanguínea, onde é utilizada pelas células para crescer e produzir energia. No entanto, para que a glicose possa adestrar as células, ela precisa da ajuda de uma outra substância, a insulina.
A insulina é uma hormona produzida no pâncreas, uma grande glândula localizada atrás do estômago. Quando nos alimentamos, o pâncreas produz automaticamente a quantidade certa de insulina necessária para mover a glicose do sangue para as células do corpo.
Nas pessoas com diabetes, o pâncreas produz pouca insulina ou então as células não respondem da forma esperada à insulina produzida.
O que acontece? A glicose do sangue vai directa para a urina sem que o corpo se aproveite dela. Ou então fica no sangue, aumenta o que se chama de glicemia e também não é aproveitada pelas células.
Quais os tipos existentes de diabetes?
Diabetes tipo 1
Este tipo de diabetes é auto-imune. Significa que o sistema que seria responsável por defender o corpo de infecções (o sistema imunológico) actua de forma contrária e acaba lutando contra uma parte do próprio organismo. Na diabetes, por exemplo, o sistema imunológico ataca as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, matando-as. Assim, este órgão passa a produzir pouca ou nenhuma insulina. Por conta disso, quem tem diabetes do tipo 1 deve tomar insulina todos os dias.
Diabetes do tipo 2
Esta é a forma mais comum da diabetes. Entre 90% a 95% das pessoas que são diagnosticadas com esta doença tem o tipo 2. Este tipo de diabetes está associado à velhice, obesidade, histórico da moléstia na família e de diabetes gestacional, além do sedentarismo. Nada menos do que 80% das pessoas que têm diabetes tipo 2 estão acima do peso ideal.
Por causa do aumento da obesidade entre crianças e adolescentes, já que as dietas de hoje em dia não são nada saudáveis, esta doença tem aumentando nestas faixas etárias. Nesta doença, quase sempre o pâncreas produz a quantidade suficiente de insulina, mas, por razões desconhecidas, o corpo não consegue utilizar esta substância de forma efectiva.
A este problema dá-se o nome de resistência à insulina. Depois de alguns anos de resistência, a produção desta substância acaba diminuindo. O resultado é o mesmo da diabetes do tipo 1: a glicose produzida na digestão não é utilizada como combustível pelo corpo.
Este tipo de diabetes pode causar sérias complicações. Por isso, é muito importante reconhecer os sintomas desta doença. Eles desenvolvem-se de forma gradual. Ao contrário do que ocorre na do tipo 1, eles não aparecem repentinamente. Mas podem ser bastante parecidos e são reflexos do aumento da quantidade de açúcar no sangue
Causa cansaço extremo, náusea, aumento da quantidade de urina, sede além do normal, perda de peso, visão embaçada e infecções frequentes. Há outros sintomas menos frequentes e mais graves: dificuldade de curar cortes, coceira na pele, perda da visão e impotência. Algumas pessoas, no entanto, não apresentam sintomas.
Diabetes gestacional
É uma doença caracterizada pelo aumento do nível de açúcar no sangue que aparece pela primeira vez na gravidez. Este problema acontece em cerca de 4% das mulheres que ficam grávidas. Ela pode desaparecer depois do parto ou transformar-se num diabetes do tipo 2.
Diabetes gestacional
É uma doença caracterizada pelo aumento do nível de açúcar no sangue que aparece pela primeira vez na gravidez. Este problema acontece em cerca de 4% das mulheres que ficam grávidas. Ela pode desaparecer depois do parto ou transformar-se num diabetes do tipo 2.
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