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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Chefes de direcção em saúde pública devem ser quadros pós graduados

A vice-ministra da Saúde, Evelize Frestas, anunciou hoje, quarta-feira, em Luanda, que o Ministério da Saúde (Minsa) vai fazer advocacia junto dos governos provinciais para que o provimento dos postos de direcção e chefia em saúde pública, a nível provincial, municipal, comunal e institucional, leve cada vez mais em conta a formação pós-graduação na área.
  
A governante fez esta afirmação no acto de abertura do primeiro curso de mestrado em epidemiologia de campo e laboratório, uma iniciativa conjunta dos sectores da saúde e do Ensino Superior, Ciência e tecnologia, que mereceu o enquadramento no Programa de Formação Angola-Rede Africana de Actividades de Epidemiologia de Campo, no âmbito de acordos firmados entre o governo de Angola e dos Estados Unidos da América.
  
Acrescentou que, deste grupo, podem ser incluídos quadros especializados em saúde pública, em gestão em saúde e, a partir de agora, os pós graduados e os com mestrado.
  
De acordo com Evelize Fresta, o curso de mestrado em epidemiologia de campo e de laboratório representa a primeira vertente da implementação do programa acima referido, em que participarão 10 médicos angolanos.
  
A implementação deste programa é o de melhorar a saúde dos angolanos e de populações dos países vizinhos na região austral de África, através da formação e de prestação de serviços em epidemiologia, de modo a construir uma rede sustentável e dinâmica de especialistas altamente qualificados colocados no sistema nacional de saúde.
  
Segundo a governante, Angola tem enfrentando, nas últimas décadas, sucessivos surtos, tais como a raiva e a cólera que todos os anos irrompem, especialmente no tempo de chuva, bem como outras doenças transmissíveis e não transmissíveis, os traumas, entre outras, que constituem também problemas à saúde pública, apesar dos esforços continuados do Minsa e outras instituições do governo e não só, para a prevenção e controlo dessas e outras situações.

  
Tendo em conta a carência de profissionais de saúde com competências específicas na área da epidemiologia de campo para enfrentar os problemas de saúde pública acima referidos, o Minsa promoveu desde o inicio a elaboração e implementação deste programa de formação, cujo propósito é desenvolver competências em matéria de epidemiologia, laboratórios de qualidade e gestão de surtos e epidemias. 
  
Por seu turno, o primeiro-secretário da embaixada dos Estados Unidos da América, David Brack, frisou que os formandos, após a formação, vão formar um elo importante entre o laboratório, o campo, as povoações e bairros.
  
Vão igualmente proteger não só os angolanos, mas também as populações circunvizinhas, porque os surtos ocorrem em qualquer país e podem ser uma ameaça global.
  
Acrescentou que, o programa de formação, concebido pelo Centro de controlo e prevenção de doenças dos Estados Unidos (CDC-Atlanta), está estabelecido em 37 países e já produziu 2.100 graduados que trabalham em África e noutras partes do mundo.

O curso de mestrado tem a duração de 24 meses e tem como objectivo geral melhorar a saúde dos angolanos e de outros povos da região austral.

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