As crianças nascidas prematuras tendem a ter atraso no nascimento dos dentes, seguido de defeitos no esmalte e alterações de cor, afirmou hoje, quarta-feira, à Angop, o médico pediatra Leite Cruzeiro.
Leite Cruzeiro, que falava à Angop sobre "os riscos do nascimento de crianças prematuras", referiu que uma das hipóteses para explicar o aparecimento dos defeitos do esmalte em prematuros seria a imaturidade de órgãos, como fígado, rins e glândulas que têm a função de metabolizar o cálcio.
O médico disse ainda que nesta situação, a mineralização do esmalte é prejudicada formando dentes manchados e com aspecto de giz, porém com espessura normal.
O nascimento de crianças prematuras, referiu, tem sido uma das razões mais associadas a mortalidade, quer em países desenvolvidos como em países em vias de desenvolvimento, onde cerca de oito em cada 50 bebés nascem nesta condição nas diversas unidades hospitalares.
“Todo bebé que nasce antes do tempo tem tendência a ter problemas na fala, como discurso lento em função de danos nas cordas vocais”, avançou.
O responsável que não avançou número de crianças com esse problema, salientou receber muitas com atrasos e danos severos, que são encaminhandos a um dentista especializado.
Alertou que depois da alta hospitalar, a criança prematura deve ser acompanhada pelos pediatra e neonatologista, com a finalidade de identificar manifestações precoces de paralisia cerebral, por meio de um acompanhamento de perto do seu desenvolvimento neuropsicomotor e, quando necessário, com a ajuda de outros profissionais da área médica.
Fez saber que as crianças prematuras, em especial aquelas com menos de 30 semanas de gestação e nascidas com menos de um quilo, podem apresentar sintomas durante a primeira infância e a idade escolar, com destaque para disfunção social, isolamento, baixa-auto estima, distúrbios comportamentais como imaturidade, impulsividade e insónia.
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