Um Programa de Rastreio e Tratamento de Hepatites B e C foi lançado nesta segunda-feira, em Luanda, pelo ministro da Saúde, José Van-Dúnem.
O projecto tem por objectivo mostrar a actual situação da doença no país, erradicar a infecção e reduzir a taxa de progressão da mesma e suas complicações.
Numa primeira fase, será analisada a prevalência destas patologias em dez mil grávidas da Maternidade Lucrécia Paím (MLP) e posteriormente o projecto será alargado a nível nacional.
Com este propósito, Angola começa a marcar passos no sentido de perceber a real dimensão da incidência destas patologias no país e no estabelecimento de política de alerta, prevenção e tratamento dos tipos B e C da hepatite.
Entretanto, um estudo piloto efectuado a 10 de Outubro a 10 de Novembro deste ano a 610 mulheres diagnosticou 76 casos positivos, dos quais 61 do Tipo B, 12 do Tipo C e 3 do Tipo B e C. Este estudo baseou-se na ingestão de fármacos e análises laboratoriais.
O projecto é uma iniciativa do Ministério da Saúde, da Direcção de Medicamentos e Equipamentos (DNME) e a Maternidade Lucrécia Paím, em colaboração com a empresa angolana Codisa Medical.
As hepatites B e C podem causar a morte quando não tratadas. O tipo B é grave em grávidas e pode ser bastante fulminante. A mesma é uma doença descoberta em 1965 e causa pelo vírus ADN.
No mundo, 450 milhões são portadoras crónicas, pelo que podem desenvolver cirrose hepática e cancro do fígado. Nos países subdesenvolvidos, as crianças são as mais afectadas enquanto nos outros são as trabalhadoras de sexo, usuários de drogas e os homossexuais.
Assistiram ao acto de lançamento do programa o director nacional do DNME, Boaventura Cardoso, e do director-geral da MLP, Abreu Pecamena.
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