O director Regional da OMS para África, Luís Gomes Sambo, chamou há dias a atenção para a importância do papel das igrejas na prestação de cuidados de saúde, particularmente a favor das populações mais desfavorecidas em África.
Luís Sambo teceu tais considerações, recentemente, aquando de uma missão oficial à cidade do Vaticano, Itália, a convite das respectivas autoridades, onde participou na reunião dos bispos responsáveis pela pastoral da Saúde.
O evento foi organizado pelo Conselho Pontifical dos Profissionais de Saúde e seguiu-se de um encontro com sua santidade o Papa Bento XVI.
Falando na reunião dos bispos da pastoral da saúde, o director regional da OMS alertou que “os sistemas de saúde estão fortemente influenciados pelo arbítrio humano e, portanto, a sua dinâmica vária em função de factores filosóficos, culturais e religiosos”, acrescentando que os valores e princípios dos cuidados primários de saúde tais como a equidade, solidariedade e a participação devem ser promovidos.
Luís Sambo apontou áreas prioritárias que deveriam ser consideradas nas parcerias entre o Estado e a Igreja, com ênfase no reforço dos sistemas de saúde, incluindo a capacitação de recursos humanos, abastecimento em medicamentos essenciais e vacinas e o financiamento da saúde.
Reiterou que a complementaridade entre o Estado e a Igreja é de importância crucial, especialmente nas áreas mais remotas onde se faz sentir a necessidade de aumentar o acesso das populações às intervenções de saúde pública essenciais tais como a vacinação, os esforços de erradicação da poliomielite, melhoria da saúde materna e infantil, o controlo do VIH/Sida, o controlo do paludismo, da tuberculose e a prevenção dos factores de risco associados às doenças não-transmissíveis.
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