A secretaria-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), Luísa Rogério, disse hoje, em Luanda, que o país está a conhecer melhorias em matérias relacionadas com a liberdade de imprensa no país.
Ao falar à Angop, a propósito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se assinala hoje, a responsável apontou alguns avanços em matérias de liberdade de imprensa, como o pluralismo informativo e o surgimento de vários órgãos de comunicação social.
Apesar destes avanços, a responsável sindical reconheceu que o actual quadro da liberdade de imprensa poderia ser melhor se fossem melhor respeitados alguns direitos dos jornalistas no exercício da sua função.
A título de exemplo, Luísa Rogério apontou os anos de 2010 e 2011 como os piores em termos de violação da liberdade de imprensa, devido a vários conflitos envolvendo profissionais da classe em pleno exercícios das suas funções.
A também jornalista referiu ainda que o pluralismo informativo que se assiste em Luanda, com a circulação de várias publicações, não reflecte a realidade do país, onde ainda há algumas restrições a nível da diversidade de publicações noticiosa no interior.
“A questão da pluralidade de informação nas outras províncias do país, além de Luanda, deve-se, em alguns casos, a falta de investimento do sector empresarial, que muita vezes não vê lucros neste tipo de negócio”, sublinhou.
A falta da Carteira Profissional do Jornalista e do Código Deontológico têm sido outros dos entraves para um melhor regulamento e desenvolvimento da classe.
“Actualmente se assiste certos atropelos da actividade jornalista por falta da Carteira Profissional e do Código Deontológico”, frisou.
Para garantir uma melhor liberdade de imprensa no país, a secretaria-geral disse que o SJA tem se empenhado não apenas na defesa dos direitos dos jornalistas diante das entidades patronais, mas como tem defendido os profissionais em caso de eventuais conflitos com outras instituições e fontes.
O sindicato, prosseguiu, tem priorizado ainda formação e acções de capacitação dos jornalistas, com vista a melhorarem o seu nível profissional.
“Uma imprensa livre só se faz com jornalistas livres e bem formados, para que possam informar com rigor e responsabilidade, com vista a prestarem um bom serviço público e contribuírem na consolidação da democracia”, sintetizou.
Enalteceu a postura demonstrada pelos jornalistas angolanos, pelo empenho e dedicação que têm demonstrado no âmbito do cumprimento da sua missão de informar com rigor, responsabilidade e isenção, prestando um bom serviço público
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