Uma delegação chefiada pelo ministro da Saúde, José Van-Dúnem, está em Genebra (Suiça) para participar de 16 a 24 de Maio nos debates da 64ª Sessão da Assembleia Mundial da Saúde.
Em nota de imprensa enviada hoje à Angop, o Ministério da Saúde avança que a participação de Angola no evento inclui uma declaração sobre a estratégia contra o VIH/Sida, a ser apresentada pelo ministro da Saúde, em nome do grupo africano, assim como um encontro na terça-feira com Bill Gates, um dos parceiros da coligação internacional para a erradicação da pólio e co-presidente da Fundação Bill & Melinda Gates.
A agenda da 64ª Sessão da Assembleia Mundial da Saúde inclui 29 pontos relacionados com a saúde a nível mundial e os países africanos nesse fórum agendaram sessões de concertação para definirem uma estratégia comum que permita defender em bloco
as prioridades de saúde no continente.
Além da erradicação da pólio e do controlo do VHI/Sida, Angola vai sublinhar a pertinência de questões como as conclusões da II Conferência Inter-Ministerial Africana sobre a Saúde e o Ambiente.
Essa conferência teve lugar em Luanda, em Novembro de 2010, e apresentou um pacote de reflexões para a melhoria da saúde e do ambiente em África.
Angola vai partilhar os esforços desenvolvidos para a Interrupção da circulação do Pólio-vírus selvagem e a redução do número de crianças não vacinadas por intermédio da melhoria da qualidade das campanhas e o reforço da vacinação de rotina, o reforço das capacidades de diagnóstico, da gestão das doenças e do sistema de seguimento, monitoria e avaliação, o reforço do sistema de vigilância sentinela e da coordenação com os países limítrofes no controlo da Gripe Pandémica e de outros problemas de saúde.
Angola vai igualmente defender o reforço da rede de laboratórios para detecção rápida e da fiabilidade no diagnóstico, a aceleração do processo de actualização em curso do processo em actualização do Regulamento Sanitário Internacional e revisão do
sistema integrado para o controlo de doenças e a atribuição de uma importância relevante a luta contra as doenças não transmissíveis que constituem um problema de saúde pública, bem como a necessidade premente da região Africana ter um
Conselheiro no Comité da OMS para a investigação da varíola.
Angola vai chamar a atenção para a Implementação da Declaração de Luanda sobre a Saúde e Ambiente, aprovada no final da II Conferência Inter-Ministerial Africana sobre a Saúde e o Ambiente, realizada em Novembro de 2010, assim como a Implementação da Declaração de Libreville.
A Declaração de Ouagadougou sobre os Cuidados de Saúde Primários e Sistemas de Saúde constitui, por outro lado, um dos compromissos que os países africanos vão colocar sobre a mesa em Genebra, quando for feito o balanço sobre o reforço e o
desenvolvimento dos sistemas de saúde.
As resoluções até aqui adoptadas para o fortalecimento do Sistema de Saúde, recomendam estruturas sustentáveis para o financiamento em saúde e a cobertura universal, o reforço das capacidades nacionais para gestão de emergências e desastres
naturais, o desenvolvimento de um consenso nacional sobre políticas de saúde e o reforço da capacidade dos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos de obstetrícia).
Uma das consequências do impacto da crise financeira internacional é a redução das verbas e do orçamento da OMS para 2012 e 2013, na assistência aos Estados-Membros. As maiores reduções incidem na nutrição, reforço dos sistemas de saúde, saúde materna e infantil e luta contra as grandes endemias como as ATM (VIH/SIDA, Tuberculose, Malária).
Neste sentido, os delegados reunidos em Genebra serão convidados a deliberar sobre a forma de se reduzir a dependência dos fundos voluntários da OMS que são considerados aleatórios.
Um dos desafios será como reduzir o impacto dos cortes orçamentais na implementação dos programas relativos ao reforço do sistema de saúde, a prevenção do controlo das doenças prioritárias e à redução das mortes maternas e infantis e néo-natais.
Os temas desta 64ª Sessão da Assembleia Mundial da Saúde podem ser agrupados em quatro grandes grupos, nomeadamente o Controlo e Prevenção de Doenças, a Saúde da Mãe, da Criança e do Recém-nascido, da Promoção da Saúde, da Segurança
Ambiental e do Reforço do Sistema de Saúde.
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