O acesso universal aos cuidados de saúde materna, infantil e neo-natal, a prevenção dos traumatismos em crianças, a juventude e a saúde, as acções ligadas ao género, as mutilações genitais femininas, constituem os principais temas da ordem de trabalho da 64º Sessão da OMS, que teve inicio hoje, segunda-feira, em Genebra .
Fonte afecta à delegação angolana no evento disse hoje, segunda-feira, à Angop que a saúde da mulher, da criança e do recém-nascido é um assunto que vai atrair a atenção dos delegados a 64ª Sessão da Assembleia Mundial da Saúde.
Sobre este assunto, os delegados vão partilhar experiências sobre as intervenções prioritárias que visam tornar mais operacional a gestão integrada da gravidez e das doenças da infância a todos os níveis, assim como a criação de comités de prevenção e auditoria das mortes maternas e perinatais ao nível provincial, municipal e comunitário.
De igual modo, os delegados vão definir como prioridades a aceleração e a implementação da campanha para a redução das mortes maternas em África (Carma).
A inscrição da saúde dos jovens e adolescentes nas agendas políticas e de desenvolvimento dos países como uma prioridade e reforçar a luta contra os traumatismos em crianças e a Integração do género e da planificação familiar nos planos nacionais de saúde são outras prioridades a serem indicadas.
A promoção da saúde e a segurança ambiental são o terceiro grupo dos grandes temas em discussão. Esta rubrica integra a gestão dos resíduos sólidos hospitalares, os pesticidas e outros produtos químicos, os efeitos das alterações climáticas, o abastecimento da água potável e a segurança dos alimentos.
Acrescentou que a Declaração de Ouagadougou sobre os Cuidados de Saúde Primários e Sistemas de Saúde constitui, por outro lado, um dos compromissos que os países africanos vão colocar sobre a mesa em Genebra, quando for feito o balanço sobre o reforço e o desenvolvimento dos sistemas de saúde.
As resoluções até aqui adoptadas para o fortalecimento do Sistema de Saúde, recomendam estruturas sustentáveis para o financiamento em saúde e a cobertura universal, o reforço das capacidades nacionais para gestão de emergências e desastres naturais, o desenvolvimento de um consenso nacional sobre políticas de saúde e o reforço da capacidade dos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos de obstetrícia).
Vão estar igualmente em balanço, o reforço da liderança dos ministérios da Saúde na coordenação das parcerias deste sector, tendo em vista a melhor eficácia das sinergias e intervenções.
A maior disponibilidade dos medicamentos nas unidades sanitárias e controlo da qualidade dos mesmos, bem como o asseguramento da disponibilidade dos profissionais de saúde em quantidade e qualidade e o reforço do sistema de informação sanitária para apoio ao processo de tomada de decisões são outros temas.
Uma das consequências do impacto da crise financeira internacional é a redução das verbas e do orçamento da OMS para 2012 e 2013, na assistência aos Estados-Membros.
As maiores reduções incidem na nutrição, reforço dos sistemas de saúde, saúde materna e infantil e luta contra as grandes endemias como as ATM (VIH/Sida, tuberculose, malária).
Neste sentido, os delegados reunidos em Genebra serão convidados a deliberar sobre a forma de se reduzir a dependência dos fundos voluntários da OMS que são considerados aleatórios.
Um dos desafios será como reduzir o impacto dos cortes orçamentais na implementação dos programas relativos ao reforço do sistema de saúde, a prevenção do controlo das doenças prioritárias e à redução das mortes maternas e infantis e néo-natais.
Entretanto, a 64ª Sessão da Assembleia Mundial da Saúde vai discutir uma agenda de 29 pontos. Os países africanos presentes a este fórum têm agendadas sessões de concertação para definirem uma estratégia comum que permita defender em bloco as prioridades de saúde no continente.
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