Data comemorativa serviu para reflectir o desempenho dos profissionais de saúde na aplicação da ética e deontologia junto do utente.
Membros da associação nacional de enfermeiros de Angola (ANEA) manifestaram junto do governo a necessidade de serem aumentadas as condições de trabalho para melhorar os serviços a serem prestados a população da província.
Durante o acto comemorativo alusivo ao XX º aniversário da proclamação da ANEA e do XVIII º da sua criação em Benguela, assinalado a 12 de Maio, sob o lema central; enfermeiros prontos na condução do acesso a assistência de qualidade na municipalização dos serviços de saúde, o colectivo dos enfermeiros considerou o dia, como sendo aquele que propõe para os profissionais de saúde a aplicabilidade dos novos métodos de trabalho, de forma a prestar melhor atenção as comunidades, garantindo sempre a pronta disposição na execução das tarefas que visam atingir o objectivo lançado pelo Conselho Internacional de enfermagem, que se subscreve na prestação de melhor serviço aos utentes.
De igual modo, os profissionais expressaram na sua mensagem, o cumprimento escrupuloso dos seus deveres éticos e deontológicos, pelos quais foram chamados, assim como, pediram ao governo, em particular ao sector da saúde, a materialização cabal dos seus direitos, subscritos no aumento das condições materiais e de trabalho, que actualmente, são consideradas pouco abonatórias para os profissionais, tais como, os desajustamentos das categorias profissionais e salários magros, sendo insuficientes para o elevado nível de vida, a situação de promoção de carreira que deixa com que muitos permaneçam na mesma categoria a mais de 15 anos, entre outras preocupações.
Os profissionais, reconheceram também, haver algumas insuficiências no exercício da missão que desempenham e de modo digno e consciente, agradeceram a direcção da saúde, a ANEA, de modo particular, ao governo da província, que tudo tem feito para a realização dos seus trabalhos com qualidade, assim como, na realização da 1ª jornada do enfermeiro onde os profissionais participaram com bastante agrado nos temas abordados, uma jornada que facilitou a capacitação dos quadros em poderem corresponder as exigências do sector.
De acordo com o Presidente da ANEA, Bernardo Hilário, “ é verdade que as condições de trabalho ainda não são daquelas que almejamos, os salários que auferimos são descompensáveis com o nível de vida, perante esse quadro, a classe de enfermeiros tem sempre sabido mostrar o seu empenho no espírito de entrega e amor ao trabalho de prestar assistência diária ao utente, justificando assim a confiança que o paciente deposita a classe, assim como, a classe deposita total confiança no executivo na solução dos problemas que enfermam”.
O responsável, reforçou aos profissionais que a data deve servir para todos, um dia de grande reflexão, de auto avaliação do desempenho a todos os níveis, avaliação por vezes posto pela população de que os profissionais são servidores.
Por outro lado, reconheceu haver muitos enfermeiros que atropelam quotidianamente os princípios éticos e deontológicos da profissão, aqueles que olham para o doente como algo estranho quando este solicita os seus préstimos, tendo apelado a todos, no sentido de primarem por um exercício profissional de qualidade, com responsabilidade, abnegação e caridade, “ os enfermeiros devem saber que o doente nunca deve constituir um incomodo para uma interrupção do trabalho”, acrescentou o responsável.
Apelou também, aos enfermeiros a redobrarem o sentimento de responsabilidade, observância escrupulosa dos princípios da ética e deontologia profissional que regem a acção dos profissionais, de modo, a promover a prática de boas atitudes, bem como, combater no seio da classe o surgimento de atitudes reprováveis, que de certo modo, desprestigiam a própria classe e o sector em particular.
Hilário, lembrou sobre a necessidade de aquisição de um espaço para a construção da sede da ANEA, que vai servir para o desenvolvimento cabal das suas tarefas no âmbito da parceria existente entre a associação e o sector da saúde, considerados pilares que privilegiam a possibilidade do mesmo.
O Administrador municipal adjunto do Lobito, António Manuel Chimbili, avançou que todas as condições já estão criadas para que os recursos financeiros destinados aos serviços municipais da saúde, sejam efectivamente para os fins pelos quais foram superiormente aprovados, fazendo cobertura dos cuidados primários, na aquisição se medicamentos, material gastável, campanhas de vacinação, entre outras. Felicitou todos os profissionais no sentido de continuarem a contribuir nos serviços que o governo realiza principalmente na humanização dos serviços de enfermagem através da observância, a ética, deontologia profissional e competência.
De acordo com aquele administrador, não restam duvidas de que vamos ser capazes de dar cobertura no cumprimento dessa tarefa dado as responsabilidades que agora nos foram transferidas com tudo, disse, só o trabalho prático de cumprimento dessa tarefa iniciada neste ano de 2011 dará resposta sobre esta questão e a nível da administração municipal, já existe um envolvimento total e uma estreita colaboração com a repartição municipal de saúde para que se venha atingir e acelerar as metas do governo ate 2012 no domínio da saúde, inseridas na estratégia do fortalecimento do sistema nacional da saúde a nível municipal, que visa desenvolver um atendimento mais qualificado da maioria da população em todos os serviços de saúde, sobretudo, nos cuidados primários.
Chimbili, garante que no âmbito das responsabilidades baixadas para as administrações municipais, todos devem ter a plena consciência e a importância do valor do enfermeiro na sociedade e das dificuldades que os mesmos apresentam no exercício da sua profissão. A 1ª jornada cientifica realizada nesta comuna, o responsável considerou de ser um reafirmar da importância do trabalho dos profissionais de saúde do qual sem o contributo do enfermeiro na implementação dos demais programas ficaria difícil alcançar esses objectivos.
O governo angolano promove e garante as medidas necessárias para assegurar a todos o direito a assistência médica e sanitária e são os profissionais de saúde, os enfermeiros, que são os quadros que asseguram a execução prática das políticas para o sector, enquanto direitos do cidadão, frisou.
O administrador adjunto do Lobito, lembrou que as atribuições dos enfermeiros são claras e não se confundem com as de outros profissionais do sector, porque exigem melhor coordenação, espírito de equipa, liderança, ou seja, cuidar daqueles que procuram os serviços de saúde enquanto pacientes e trata-los. Tendo apelado também a todas as entidades singulares e colectivas no sentido de, saberem valorizar as diferenças e saber tratar os especialistas de saúde, dentre as quais, as dos enfermeiros, numa altura em que o país começou a viver com êxito a implementação do programa da municipalização dos serviços de saúde, com algumas responsabilidades atribuídas para as administrações municipais, um programa que vem a contribuir na melhoria das condições das populações, em apenas 9 anos de paz efectiva conquistada pelo povo com o esforço do governo.
Nesse capítulo, o sector reconhece o enfermeiro como a verdadeira espinha dorsal do sector da saúde, bem como, reconhece que a enfermagem é a peça fundamental para o desenvolvimento do sector da saúde, reforçou o Director provincial da saúde em exercício, Fernandes Banza, que apontou o enfermeiro, como sendo uma classe bastante sacrificada ao serviço útil das populações, fazendo cobertura e dando o seu contributo no progresso do sector e do país, principalmente nas localidades onde não há médico.
O responsável, referiu que face as preocupações que actualmente enfermam a classe de enfermeiros o sector tem a plana consciência de que as condições de trabalho dos profissionais ainda não são das melhores, mas, são realidades que o executivo local e nacional, paulatinamente, têm vindo a desenvolver acções que visam resolver os problemas de saúde de todos os angolanos, começando pelas questões básicas dos profissionais.
Fernandes Banza, destacou como os ganhos da paz e avanços nas melhorias visíveis registadas nesse capítulo do sector da saúde, tais como, as novas estruturas que estão a ser erguidas a nível da extensão da província, o novo hospital no município de Benguela, centros de saúde que estão a ser construídos e apetrechados em algumas zonas, unidades hospitalares, postos de saúde erguidos no ano passo, entre outras.
Face aos baixos salários dos enfermeiros, o representante do sector na província, avançou que todos estão a ser acompanhados e submetidos a um processo de transição que o sector esta a levar a cabo nesse período, para melhorar as condições sociais do próprio enfermeiro, “é um trabalho continuo, não só fica na classe de enfermagem, mais que nos próximos tempos, a classe médica, a área de apoio hospitalar, deverão também estar beneficiados na fase de transição, porque é um processo que vai abranger a todos e que factores de índole endógenas, tais como, os salários baixos ou atrasados, não devem condicionar o seu verdadeiro desempenho.
Durante o acto, foram entregues aos actores do programa do HIV SIDA, 9 motorizadas para o desenvolvimento das actividades nas comunidades no âmbito da municipalização dos serviços de saúde e também, a entrega de certificados de participação aos técnicos que participaram da 1ª jornada científica do enfermeiro que aconteceu na comuna da Catumbela.
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