O secretário executivo da Rede de Associações de Luta contra a Sida (Anaso), António Coelho, defendeu hoje, sexta-feira, em Luanda, a necessidade de se continuar a trabalhar para que haja mais espaços de diálogos para uma melhor concertação de ideias e definição de estratégias para o combate à essa doença.
O responsável disse que em Angola a falta de diálogo, sobretudo de concertação, é uma realidade entre os diferentes actores, e que o mesmo deverá ser permanente entre os profissionais de saúde, famílias, colegas e amigos.
Segundo António Coelho, o problema é de todo o país e não só do Ministério da Saúde e, por isso, é preciso que as acções sejam concertadas e coordenadas, para se conseguir mobilizar mais recursos para o país.
“Todos nós devemos arregaçar as mangas e fazer um esforço no sentido de cada um ao seu nível fazer a sua parte, para que as coisas aconteçam, “disse.
De acordo com ele, o país levou 30 anos para controlar a epidemia, mas se continuar a trabalhar levará menos tempo para o seu combate, porque o momento é agora e cada um deverá ser responsável pelo o seu compromisso.
Avançou que o seu sector tem feito com que mais pessoas adiram aos centros de aconselhamento e testagem voluntária, para o seu conhecimento serológico, e mobilizado as mulheres grávidas a recorrerem ao programa do corte de transmissão vertical, e resgatar os doentes que abandonam a terapia.
Disse que no país verifica-se mais a preocupação das pessoas em adquirir os medicamentos anti-retrovirais do que em realizar acções de prevenção.
“É preciso de facto se repensar nas estratégias e fazer-se com que a prevenção e o tratamento andem de mãos dadas”, concluiu.
A Anaso é uma organização que coordena a resposta comunitária do VIH/Sida em Angola, suportada pelas organizações não governamentais, e controla 278 organizações associadas, sendo uma rede multidisciplinar.
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