As diabetes têm sido responsáveis por vários casos de aborto e nascimento de crianças com má formação congénita, nas gestantes que se deslocam àsdiferentes unidades sanitárias da província de Luanda.
A revelação foi feita hoje, na capital do país, pela médica endocrinologista Manuela Sande, segundo a qual essa patologia leva muitos bebés a nascerem com elevado peso.
De acordo com a especialista, que falava à Angop, à margem do 1º Simpósio Sobre Diabetes Mellutis, das Forças Armadas Angolanas, esse factor dificulta os partos, deixando as mães sujeitas a cesarianas.
"Estes partos por cesariana são muito complicados, o que faz com que o bebé chegue a deslocar o ombro ou nascer com a glicemia bastante elevada", realçou.
Segundo a especialista, deve haver maior controlo da glicemia nas grávidas, adiantando que as metas de glicose de uma gestante são inferiores a de uma mulher normal.
Explicou que a meta desejada na grávida é de 85 miligramas de glicose, em jejum, e depois da refeição não deve ultrapassar os 115 de glicemia, graus indispensáveis para a gestante manter uma gravidez saudável.
Aconselhou a todos os diabéticos a praticarem exercícios físicos, para diminuir o açúcar no sangue e o elevado colesterol.
Adiantou que quem pratica exercícios reduz circunstancialmente as crises de hipertensão, salientando que o mesmo deve ser feito três vezes por semana, durante uma hora.
De acordo com Manuela Sande, o doente diabético deve manter uma alimentação saudável, composta por carbohidrato e proteínas, representado por 40 a 50 porcento de quantidades diária.
"Todo o paciente diabético deve ter uma alimentação equilibrada, sem faltar os carbohidratos como o arroz, massa e batata, além das proteínas como carne, peixe e ovos”, aconselhou.
O Simpósio Sobre Diabetes Mellitus terá duração de três dias e conta com a presença de dois países: Angola e Portugal.
Sem comentários:
Enviar um comentário