Quarenta e cinco mil casos de tuberculose foram diagnosticados pelas autoridades sanitárias em todo o país em 2010, segundo revelou nesse fim-de-semana, na cidade do Sumbe, província do Kwanza Sul, o director do Hospital Sanatório de Luanda, Afonso Wete.
Afonso Wete fez este pronunciamento quando dissertava sobre a “Tuberculose – formas de transmissão e de prevenção”, numa palestra promovida pelo Comité Provincial do MPLA, em alusão aos 55 anos de existência do partido.
A palestra, decorrida na sala de reuniões do Comité Provincial do MPLA, foi dirigida a militantes do partido, membros da sociedade civil como estudantes de enfermagem, técnicos de saúde, autoridades tradicionais, entre outras, visando alertá-las sobre as formas de precaverem-se sobre a endemia.
Segundo adiantou, em Angola uma em cada três pessoas está contaminada com o bacilo de Koch, mesmo sem desenvolver a doença.
Os dados referem que os casos de contágio aumentam anualmente, tendo em 2000 sido diagnosticados nove mil casos e em 2010, 45 mil casos.
Apontou a erradicação da fome e a pobreza como um dos pressupostos para o combate efectivo da tuberculose, cujos casos diagnosticados registam um crescimento elevado no país.
O abandono do tratamento por parte de alguns pacientes constitui igualmente preocupação, já pode desenvolver a tuberculose resistente e difícil ou impossível de curar.
De acordo com o responsável, estudos efectuados indicam que a maior parte das pessoas a sofrer da endemia têm uma renda inferior ao equivalente a dez dólares, daí que as suas condições de vida facilitam o contágio da doença.
No seu ver, o combate a fome e a pobreza têm sido por este facto uma das grandes apostas do Governo que elaborou e está a implementar o Programa Municipal Integrado de Combate a Pobreza.
Dados da OMS, indicam que mais de 80 por cento dos que sofrem da doença encontram-se na África Subsariana.
Para si, a situação afigura-se preocupante daí a necessidade do envolvimento de toda a sociedade no combate a endemia já que estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam existir mais probabilidades de melhoria do doente no seio da família.
“O combate a tuberculose é problema de todos nós, de toda a sociedade. Segundo estudos o doente tem mais possibilidades de melhorar com o acompanhamento dos ente queridos, no seio familiar” – frisou.
A tuberculose é uma das principais causas de morte no país e está associada a problemas de má alimentação, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e drogas, falta de higiene, entre outras causas.
Sem comentários:
Enviar um comentário