Os médicos oftalmologistas vão, no próximo ano, criar a Sociedade Angolana de Oftalmologistas, para troca de experiências e juntos caminharem lado a lado rumo à assistência de qualidade às populações.
A informação é de Pedro Albuquerque, membro da organização da terceira reunião Luso-Africana de oftalmologia, que encerrou hoje, domingo, em Luanda.
Acrescentou que os oftalmologistas vão ainda, em 2012, realizar o seu primeiro congresso, bem como também deverá ser criada a sociedade da CPLP, onde os angolanos terão a oportunidade de trocar experiências com outros colegas e aumentar os seus conhecimentos.
Para o médico, o terceiro encontro Luso-Africano de oftalmologia trouxe temas que poderão ajudar a melhorar os serviços de oftalmologia dos países africanos, até em termos de formação, visto que boa parte do que é feito é graças a colaboração de médicos expatriados.
Apontou igualmente que o país conta com 20 médicos angolanos e destes 18 estão em Luanda, um em Benguela e outro em Cabinda, e sem nenhum especialista de oftalmologia pediátrica.
Segundo Albuquerque, as demais províncias possuem médicos, mas de uma maneira só Luanda e Benguela estão em condições de oferecer condições para oftalmologia diferenciada, o que não é salutar.
Existem vários problemas de oftalmologia que se forem tratados precocemente evitar-se-iam inumeros casos de cegueira, por exemplo a provocada pelo glaucoma que assola muitos angolanos, e a catarata que pode ser tratada com cirurgia.
"As patologias mais frequentes em Angola podem ser tratadas, dando a possibilidade da pessoa voltar a ver", frisou.
Pedro Albuquerque disse ainda que muitas crianças têm dificuldades cognitivas na escola, que muitos deles podem estar relacionados com problemas de oftalmologia, por isso, só a medicina preventiva na tenra idade será o primeiro passo para dar melhor vida às crianças.
Neste âmbito, nos próximos meses, o médico oftalmologista anunciou à Angop que vai lançar um programa de prevenção nas escolas do primeiro nível, que começará na província de Benguela.
O projecto que se denominará "tolerância zero" nas escolas do primeiro nível de Angola, que pretende melhorar as condições de saúde da população estundantil, através da formação de recursos humanos e criação de uma rede de vigilancia clinico-epidemiológica aplicada aos problemas de saúde.
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