A falta de lavagem das mãos tem sido responsável, em 18 porcento a cada ano, do surgimento de doenças diarreicas e insuficiências respiratórias em Angola, afirmou hoje, segunda-feira, em Luanda, o representante do Unicef, Koenraand Vanormelingen.
O representante, que falava à Angop sobre a importância da lavagem das mãos, referiu que no Mundo inteiro 1.1 milhão de crianças morrem todos os anos, na ordem de três mil por dia, como resultado da diarreia.
De acordo com Koenraand Vanormelingen, lavar as mãos é um gesto simples que pode contribuir para salvar vidas, sendo a família responsável em assegurar que todos os membros lavem as mãos antes de comer e depois de usar a casa de banho.
Para si, a lavagem das mãos pode ajudar de maneira significativa na redução da mortalidade e a mal nutrição infanto-juvenil.
“A lavagem das mãos com água e sabão tem de ser uma norma social, em que todos têm de ter responsabilidade em fazer para evitar doenças e mortes por patologias infecciosas”, referiu.
Adiantou que o simples acto em momentos críticos, tais como depois de usar a casa de banho e antes de pegar em alimentos é uma intervenção chave e eficaz para salvar vidas.
De acordo com ele, estudos demonstram que lavar as mãos com água e sabão pode reduzir a incidência da diarreia em 40 porcento, e as infecções respiratórias até perto de 20 porcento.
A falta de sabão ou água não pode constituir uma barreira para a lavagem das mãos, apesar de muitas famílias não terem uma fácil disponibilidade na sua obtenção, revelando que apenas 36 porcento da população a pratica em momentos críticos, de acordo com dados do IBEP (Inquérito de bem estar da população).
Desde 2008, Angola celebra o 15 de Outubro, dia mundial da lavagem das mãos com água e sabão com a realização do acto simbólico em simultâneo em todo país em cerca de 10 mil escolas.
A campanha de lavagem das mãos com água e sabão prevê engajar as crianças por serem agentes efectivos para a mudança, introduzindo saneamento e intervenção de higiene nas escolas para as crianças entenderem e transportarem estas boas práticas para suas casas e comunidades, por formas a motivarem os familiares a ganharem o hábito.
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