A utilização de fármacos anti-maláricos como componente principal no tratamento da malária, representa o método mais utilizado, excluindo os métodos associados e interactivos ligados à educação sanitária e condições de habitação, frisou hoje, terça-feira, em Luanda, o coordenador adjunto do Programa Nacional de Controlo da Malária, Nilton Saraiva.
Fonte: Angop
O responsável referiu que as estratégias de controlo da malária têm sido comprometidas pelo aparecimento de resistência parasitária, actualmente disseminada por todas as áreas onde a malária é endémica.
Nilton Saraiva disse ser preocupante a resistência à cloroquina, sulfadoxina-pirimetamina e ao quinino.
Explicou que o parasita plasmódium falciparum, o mais destacado das quatros espécies causadoras da malária humana, apresenta fenótipos de menor susceptibilidade a dois ou mais medicamentos, um fenómeno conhecido por (Multi drug resistance) MDR, o que limita em muito a escolha dos antimaláricos para os programas terapêuticos utilizados no controlo da doença.
Segundo o coordenador, actualmente as metodologias disponíveis e utilizadas para avaliar a resistência aos antimalaricos são baseadas na falência terapêutica em testes "in vivo", e na avaliação da actividade antimalarica em culturas de parasitas em testes "in vitro".
Fez saber que o seu sector, tem como objectivos específicos identificar a resistência a sulfadoxina pirimetamina no esquema do tipo na grávida, determinar o perfil fenotípo das espécies plasmodium implicadas e fazer a caracterização genotípica das falências terapêuticas, através de mercadores moleculares.
Adiantou ainda que combater a malária na grávida tem sido um grande desafio, pelo qual foi introduzido um novo método de tratamento feito em duas doses de sulfadoxina pirimetamina, vezes fansidar durante o segundo e terceiro mês de gestação, afirmando que esta prática pode reduzir cerca de 10 porcento a mortalidade materna e abortos espontâneos.
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