PÁGINA OFICIAL DA DPS BENGUELA

ÓRGÃO OFICIAL DO GABINETE DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM DA DIRECÇÃO PROVINCIAL DA SAÚDE DO GOVERNO DE BENGUELA.



SEJAM BEM-VINDOS AO NOSSO PORTAL DE INFORMAÇÃO, OBRIGADO PELA OPÇÃO. DISFRUTE DE TODA INFORMAÇÃO SOBRE A VIDA SANITÁRIA DA PROVÍNCIA DE BENGUELA.

ESPERAMOS QUE LHE POSSAMOS SER ÚTIL. FELIZ ANO NOVO E MUITAS BOAS REALIZAÇÕES NO ANO DE 2012.



quinta-feira, 28 de abril de 2011

“No hospital não se atende pela ordem de chegada, mas sim pela gravidade do doente”, diz chefe de enfermagem



A Chefe de Enfermagem do Hospital Pediátrico do Lobito, adstrito ao Hospital Geral do Lobito, Hermenegilda Teresa Cândido Canganjo Tchinguelessi, afirmou em exclusivo ao Uhayele M´ombaka, esta quarta-feira, 27 de Abril, que as unidades hospitalares não atendem pela ordem de chegada, mas sim pela gravidade do doente.
Uhayele M´ombaka
Ouvido pela nossa reportagem, Hermenegilda Tchinguelessi realçou que os pacientes quando chegam ao hospital a ânsia de serem atendidos em primeiro lugar, o que as vezes é confundido por mau atendimento.
“As mamãs nem sempre percebem isso”, sublinha, realçando que é mesmo no atendimento onde há mais reclamações advindo deste mau entendido.
Realçou ainda que para atender um paciente não tem tempo marcado, porque avalia-se o quadro de gravidade do paciente se for normal então prioriza-se os pacientes graves para salvar.
Licencianda em enfermagem pela Cespo, Hermengilda apontou a chegada ao hospital de doentes em estado avançado de doença como sendo outra grande dificuldade para uma excelente prestação de serviços.
“Na sua maioria aparecem em estado avançado da doença, porque começam a fazer tratamento em casa, depois de verem que está a piorar é que acorrem aos hospitais e as vezes acabam por não superar, mas na maioria dos casos os nossos técnicos tem superado”.
Se todas as mães trouxem-se as crianças atempadamente dispensariam o internamento, por isso fica aqui um conselho, para aderirem as consultas externas que se fazem de segunda a sexta-feira, no Hospital Pediátrico, no sentido de dotar as famílias de conhecimentos sobre educação para a saúde, alertou.
Instada sobre os casos de resistência médica, a responsável frisou que tem havido muitos casos de resistência, porque para além de ficarem muito tempo em casa, “as vezes sem medicação, outros automedicam-se e a medicação que fazem as vezes não tem a ver com a doença, digamos que as vezes é uma dose empírica, se calhar começam e não acabam com a medicação ou então é uma dose que não é adequada com o peso da criança acabando muitas vezes fazer resistência”.
Com uma capacidade instalada para atender 118 pacientes, o Hospital Pediátrico do Lobito conta com 167 trabalhadores dos quais, dois médicos, 90 enfermeiros, 61 administrativos, 14 técnicos de diagnóstico terapêuticos, para e farmácia e laboratório, o hospital atende diariamente 200 a 300 crianças por dia, com diagnósticos de malária, doenças diarreicas aguadas e as vezes casos de má nutrição.
Com esse número segundo disse Hermenegilda Tchinguelessi, apenas o pessoal administrativo satisfaz, mas para uma cobertura plena dos serviços precisariam pelo menos 5 médicos, mais 142 enfermeiros segundo o rácio actual, “porque sabemos que para cada enfermeiro é necessário 4 pacientes no máximo e no mínimo 2 nos cuidados intensivos”, suplicou.
Para ela quando há subcarga de trabalho as coisas não andam como devem ser, neste momento a falta gritante é do pessoal.
Os casos complicados são, geralmente, encaminhados para o hospital sede, e se for tumor para o centro nacional de oncologia em Luanda, mas tudo feito pelo hospital geral do Lobito, elucidou.
A Chefe de Enfermagem do Hospital Pediátrico do Lobito, disse ainda que o tratamento da malária, a doença mais frequente, começa-se a ser combatido pelos antipalúdicos de primeira linha, o coartem e nos casos mais avançados passa-se uma outra medicação dependentemente do quadro que o paciente apresentar.
Persuadiu a procurar o posto médico de saúde mais próximo quando a criança começar a fazer febres ou qualquer um dos sintomas que se calhar é preocupante para a mãe, para saber o que realmente a criança tem, “porque muita das vezes a mãe pensa que é malária e não tem nada haver com a malária começa a fazer a medicação da malária e a criança piora, por isso devem procurar posto médico mais próximo para ser avaliado com um médico ou outro técnico em serviço, para saber realmente o que a criança tem e fazer um tratamento condigno”, elucidou.
Aconselhou a humildade como uma das grandes virtudes para a vida de um enfermeiro, “é uma profissão rígida, por isso dou força aos meus colegas, para além de exercerem a sua profissão, cultivar a humilde e capacidade de exercer esta profissão e depois ser simples com o paciente e com os próprios familiares, então é importante que haja uma boa comunicação entre paciente enfermeira, família e enfermeira, disse, terminando.
O Hospital Pediátrico do Lobito, conta com uma ambulância e médicos em sistema de chamada, diariamente trabalham dezasseis técnicos.

Sem comentários:

Enviar um comentário

NOSSO ARQUIVO

NOSSOS VISITANTES