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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mais de 700 milhões africanos expostos ao paludismo

Setecentos e 95 milhões de africanos estão expostos ao paludismo e 90 porcento de mortes por essa doença ocorre no continente africano, disse hoje, no Cunene, o representante em Angola da OMS, Rui Vaz.

No acto de lançamento da Iniciativa Transcunene que aconteceu em Namacunde, Cunene, o responsável frisou que as populações mais atingidas são pobres e desfavorecidas, crianças,   mulheres, principalmente as afectadas pelas catástrofes naturais.

“Uma análise recente realizada sobre a prevenção do paludismo em 35 países da região africana, estima-se que cerca de 736 mil mortes foram evitadas entre 2000 e 2010”, informou.

De acordo com a fonte, dados epidemiológicos indicam também uma redução de 50 porcento de casos de malária nos últimos dez anos, apesar desta diminuição ser mais lenta nos países hiperendemicos, o que confirma que a redução é possível mesmo nas áreas de elevadas transmissões.

Para Rui Vaz, esta iniciativa alcançada hoje vai contribuir para reforçar a cooperação existente entre Angola e a Namíbia no âmbito da prevenção e controlo das doenças transmissíveis, especialmente nas zonas transfronteiriças.

Servirá também como porta de entrada para intensificar actividades relacionadas com o acesso aos serviços de saúde entre as populações de ambos os países que vivem ao longo da fronteira comum, a definição de protocolos terapêuticos relacionadas com as doenças mais prevalentes, como a Sida, tuberculose, malária e  a monitoria das resistência ao anti-malárico, antiretrovirais e tuberculostáticos.

O reforço da vacina de rotina e melhoria da cobertura vacinal, de acordo com Rui Vaz, através das campanhas nacionais de vacinação sincronizadas contra a pólio, bem como na partilha de informação epidemiológica para a preparação e respostas às doenças potencialmente epidémicas, entre outras.


Por seu turno, o coordenador para a malária na SADC, KAKA Modingo, disse que a sua organização continuará a apoiar Angola nas suas actividades contra a malária, oferecendo apoio com equipas de monitorização e inspecção das áreas.

À semelhança do que aconteceu hoje entre estes dois países, o mesmo terá lugar na fronteira com o Botswana e a província angolana do Kuando Kubango.

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