PÁGINA OFICIAL DA DPS BENGUELA

ÓRGÃO OFICIAL DO GABINETE DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM DA DIRECÇÃO PROVINCIAL DA SAÚDE DO GOVERNO DE BENGUELA.



SEJAM BEM-VINDOS AO NOSSO PORTAL DE INFORMAÇÃO, OBRIGADO PELA OPÇÃO. DISFRUTE DE TODA INFORMAÇÃO SOBRE A VIDA SANITÁRIA DA PROVÍNCIA DE BENGUELA.

ESPERAMOS QUE LHE POSSAMOS SER ÚTIL. FELIZ ANO NOVO E MUITAS BOAS REALIZAÇÕES NO ANO DE 2012.



sexta-feira, 29 de abril de 2011

Centro dos Navegantes pretende vacinar 900 crianças

O Centro Médico do bairro de Nossa Senhora dos Navegantes em Benguela, na Zona "B", pretende vacinar, nos dias 28, 29 e 30 de Abril, novecentas crianças nesta jornada, de acordo com a coordenadora de vacinações do centro, Cândida Manuel Coutinho.
Cândida Coutinho que falava ao Uhayele M´ombaka, esta sexta-feira, salientou que as crianças a serem vacinadas são todas do bairro e distribuídas em sete sectores.
Como estratégia, num total de catorze activistas voluntários, estão distribuídos dois a dois nos sete sectores sendo um vacinador e outro registador.
Encorajou aos activistas voluntários a trabalhar com muita força para o bem das próximas gerações.
“Vamos reflectir que a campanha que esta sendo feita hoje também se usou na nossa infância, vamos retribuir pela mesma moeda, participando da campanha”, finalizou.

PAV prevê imunizar mais de 700 mil crianças em Benguela

Setecentos e trinta mil crianças menores de cinco anos de idade serão vacinadas contra a poliomielite na província de Benguela, durante a campanha a decorrer no país e em outros países vizinhos de 28 a 30 do mês em curso. 

Uhayele M´ombaka*

De acordo com o chefe do departamento provincial da Saúde Pública e Controle de Endemias, António Manuel Cabinda estão garantidas as condições logísticas, humanas e materiais para o êxito da campanha, já distribuídos a nível de todos os municípios, comunas e aldeias.

O responsável afirmou ainda existir algumas dificuldades de carácter geo-climáticas, que sector está a tentar ultrapassar, assim como a situação das cheias que partiram pontes e tem dificultado as campanhas de vacinação.

Neste sentido as administrações municipais estão a envidar esforços no sentido de que todas as crianças menores de cinco anos de idade em todas as extensões da província de Benguela sejam vacinadas, revelou, tendo apelado no momento a todos os país e encarregados de educação a permitirem que as suas crianças sejam vacinadas.

Recordou que, a província é considerada como um dos principais reservadores do vírus da poliomielite, visto que o ano passado registou três casos da doença.

A campanha de vacinação de poliomielite na província de Benguela vai acontecer casa a casa, com equipas fixas a nível dos postos e nas unidades sanitárias, creches, igrejas e praças.

No município do Balombo, 182 quilómetros a nordeste da cidade de Benguela, o supervisor do Programa Alargado de Vacinação (Pav), António Celestino Chitonga, garantiu igualmente estarem criadas as condições materiais e humanas para o arranque jornada de vacinação contra a pólio.

Segundo o supervisor que falava a Angop, o sector da Saúde no município recebeu 50 mil doses para a imunização de 45.496 crianças menores de cinco anos.

Avançou que, as doses foram já distribuídas nas seis zonas de vacinação criadas: a sede do município, as comunas do Chingongo, Chindumbo e Maka-Mombolo e localidades de Cambanjo e Kanoquela.

António Celestino referiu que, para esta jornada foram mobilizados e treinados 244 vacinadores, repartidos em 122 equipas e 102 mobilizadores que já se encontram nas respectivas localidades.

Quanto à logística e transporte, o supervisor assegurou estarem criadas no âmbito do Programa de Municipalização dos Serviços de Saúde.
*Com Angop

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Hoje é Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho

Em 28 de Abril de cada ano é celebrado o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, instituído pela Organização Mundial do Trabalho (OIT),  em homenagem ao grave acidente ocorrido nesta data, em 1969, numa mina dos EUA, onde morreram dezenas de trabalhadores.
   
A primeira cerimónia teve lugar em 1996, em Nova Iorque, na Organização das Nações Unidas, e, em 2001, a data foi reconhecida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e passou a ser celebrada oficialmente em muitos países.
  
Apesar de todas estas celebrações, a luta contra a sinistralidade laboral está longe de ser uma realidade. As estatísticas continuam a mostrar um  balanço triste e, o mais grave é que, para alguns, a prevenção laboral não passa disso: balanços, informações, estatísticas.
  
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em todo o mundo ocorrem 270 milhões de acidentes de trabalho e são registadas mais de 160 milhões de doenças profissionais a cada ano.
  
Esses acidentes e doenças profissionais causam, anualmente, mais de 2,2 milhões de mortes e provocam uma redução de 4% no PIB (Produto Interno Bruto) mundial.
  
Actualmente,  os destaques  estão no sector de construção civil, um dos maiores geradores de emprego em muitas partes do mundo e também responsável por altos índices de acidentes e doenças relacionados ao trabalho.
  
Entre os grupos, estão os trabalhadores jovens (15 a 24 anos), que sofrem por sua  inexperiência, e os idosos (com mais de 55), mais propensos a acidentes fatais no trabalho.
  
Ainda de acordo com o relatório preparado pela OIT por ocasião da data, cerca de 17 % de todos os acidentes fatais no local de trabalho ocorrem na indústria e na construção.
  
Isso representa 60 mil mortes por ano, ou uma morte a cada 10 minutos.
  
O relatório da OIT reforça a necessidade de melhor planeamento e coordenação para lidar com as questões de saúde e segurança nos locais de construção, assim como um maior foco na prevenção de doenças e acidentes relacionados ao trabalho.
  
O estudo da OIT aponta que os trabalhadores jovens sofrem mais acidentes sérios, porém não-fatais, e esse maior risco pode ser relacionado com a falta de experiência e treinamento, assim como pela pouca maturidade física e emocional.
  
Assim, educação para o trabalho e treinamento são elementos-chave nos programas de prevenção para este grupo.
  
No outro extremo da escala etária, trabalhadores com mais de 55 anos parecem estar mais susceptíveis a sofrerem doenças ocupacionais fatais, se comparados aos demais colegas.

“No hospital não se atende pela ordem de chegada, mas sim pela gravidade do doente”, diz chefe de enfermagem



A Chefe de Enfermagem do Hospital Pediátrico do Lobito, adstrito ao Hospital Geral do Lobito, Hermenegilda Teresa Cândido Canganjo Tchinguelessi, afirmou em exclusivo ao Uhayele M´ombaka, esta quarta-feira, 27 de Abril, que as unidades hospitalares não atendem pela ordem de chegada, mas sim pela gravidade do doente.
Uhayele M´ombaka
Ouvido pela nossa reportagem, Hermenegilda Tchinguelessi realçou que os pacientes quando chegam ao hospital a ânsia de serem atendidos em primeiro lugar, o que as vezes é confundido por mau atendimento.
“As mamãs nem sempre percebem isso”, sublinha, realçando que é mesmo no atendimento onde há mais reclamações advindo deste mau entendido.
Realçou ainda que para atender um paciente não tem tempo marcado, porque avalia-se o quadro de gravidade do paciente se for normal então prioriza-se os pacientes graves para salvar.
Licencianda em enfermagem pela Cespo, Hermengilda apontou a chegada ao hospital de doentes em estado avançado de doença como sendo outra grande dificuldade para uma excelente prestação de serviços.
“Na sua maioria aparecem em estado avançado da doença, porque começam a fazer tratamento em casa, depois de verem que está a piorar é que acorrem aos hospitais e as vezes acabam por não superar, mas na maioria dos casos os nossos técnicos tem superado”.
Se todas as mães trouxem-se as crianças atempadamente dispensariam o internamento, por isso fica aqui um conselho, para aderirem as consultas externas que se fazem de segunda a sexta-feira, no Hospital Pediátrico, no sentido de dotar as famílias de conhecimentos sobre educação para a saúde, alertou.
Instada sobre os casos de resistência médica, a responsável frisou que tem havido muitos casos de resistência, porque para além de ficarem muito tempo em casa, “as vezes sem medicação, outros automedicam-se e a medicação que fazem as vezes não tem a ver com a doença, digamos que as vezes é uma dose empírica, se calhar começam e não acabam com a medicação ou então é uma dose que não é adequada com o peso da criança acabando muitas vezes fazer resistência”.
Com uma capacidade instalada para atender 118 pacientes, o Hospital Pediátrico do Lobito conta com 167 trabalhadores dos quais, dois médicos, 90 enfermeiros, 61 administrativos, 14 técnicos de diagnóstico terapêuticos, para e farmácia e laboratório, o hospital atende diariamente 200 a 300 crianças por dia, com diagnósticos de malária, doenças diarreicas aguadas e as vezes casos de má nutrição.
Com esse número segundo disse Hermenegilda Tchinguelessi, apenas o pessoal administrativo satisfaz, mas para uma cobertura plena dos serviços precisariam pelo menos 5 médicos, mais 142 enfermeiros segundo o rácio actual, “porque sabemos que para cada enfermeiro é necessário 4 pacientes no máximo e no mínimo 2 nos cuidados intensivos”, suplicou.
Para ela quando há subcarga de trabalho as coisas não andam como devem ser, neste momento a falta gritante é do pessoal.
Os casos complicados são, geralmente, encaminhados para o hospital sede, e se for tumor para o centro nacional de oncologia em Luanda, mas tudo feito pelo hospital geral do Lobito, elucidou.
A Chefe de Enfermagem do Hospital Pediátrico do Lobito, disse ainda que o tratamento da malária, a doença mais frequente, começa-se a ser combatido pelos antipalúdicos de primeira linha, o coartem e nos casos mais avançados passa-se uma outra medicação dependentemente do quadro que o paciente apresentar.
Persuadiu a procurar o posto médico de saúde mais próximo quando a criança começar a fazer febres ou qualquer um dos sintomas que se calhar é preocupante para a mãe, para saber o que realmente a criança tem, “porque muita das vezes a mãe pensa que é malária e não tem nada haver com a malária começa a fazer a medicação da malária e a criança piora, por isso devem procurar posto médico mais próximo para ser avaliado com um médico ou outro técnico em serviço, para saber realmente o que a criança tem e fazer um tratamento condigno”, elucidou.
Aconselhou a humildade como uma das grandes virtudes para a vida de um enfermeiro, “é uma profissão rígida, por isso dou força aos meus colegas, para além de exercerem a sua profissão, cultivar a humilde e capacidade de exercer esta profissão e depois ser simples com o paciente e com os próprios familiares, então é importante que haja uma boa comunicação entre paciente enfermeira, família e enfermeira, disse, terminando.
O Hospital Pediátrico do Lobito, conta com uma ambulância e médicos em sistema de chamada, diariamente trabalham dezasseis técnicos.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

“Apesar da falta de técnicos e espaço, os serviços prestados são satisfatórios”, diz Paulo Cachimbombo

O Director do Hospital Geral do Lobito, Eduardo Paulo Cachimbombo, considerou, recentemente, positivo os serviços prestados as populações que acorrem aquela unidade sanitária.
Uhayele M´ombaka

Falando em exclusivo ao Uhayele M´ombaka, Eduardo Paulo Cachimbombo considerou positivo tendo em conta a gestão que se está a prestar em termos do seu funcionamento, tanto na melhoria dos serviços como no acompanhamento clínico para acomodação dos próprios doentes.

O médico acrescentou que é ainda mais positivo porque as patologias que nele afluem, têm encontrado respostas imediatas e as complexas são transferidos para o hospital geral de Luanda no caso de diagnóstico como: neologia, “que não temos ainda” e, serviços de urologia em que é preciso uma intervenção de nefrologia, isto por não termos uma unidade de hemodiálise. Para o feito, sublinhou, contam com o auxilio da ambulância do INEMA equipados e prontos para situações emergentes facilitando a evacuação de pacientes para o Hospital Jorgina Machel em de Luanda e que tem havido sucessos no seu diagnóstico.

260 enfermeiros e 40 médicos especializados em clínica geral, pediatria, cirurgia, ortopedia, dermatologia, farmácia, estomatologia, oftalmologia, anestesia, ginecologia, obstetrícia e medicina interna, na sua maioria expatriados (cubanos, ucranianos, russos e coreanos) asseguram o atendimento clínico, daquela que é tida como a mais antiga unidade hospitalar de referência da província de Benguela.

Na área de oftalmologia, anestesia, ginecologia e cirurgia os médicos são todos expatriados. Já para área de pediatria e clínica geral a cobertura hospitalar é feita pelos nacionais, sublinhou o responsável.

Com uma capacidade de internamentos para 540 camas instaladas em todas salas e distribuídas em todas unidades orgânicas, o Hospital Geral do Lobito atende diariamente 60 à 70 pacientes com diversas patologias e interna 362 doentes internados, com as subunidades, durante muito anos foi a sala de atendimento de muitos doentes vindos da parte norte da província assim como das província do centro e sul de Angola.

Eduardo Paulo Cachimbombo, apresenta como principais preocupações a insuficiência de quadros, “tendo em vista as reais necessidades do Hospital, maioria dos quadros estão aposentados, na sua maioria da área de enfermagem”, suplicou.

Apesar de ampliado e apetrechado com equipamentos que superam algumas necessidades, os serviços prestados pelo hospital do Lobito ainda estão limitados para aumentar a qualidade de trabalho necessária.
“Precisamos os serviços de anatomia, patologia e microbiologia, tudo isso por falta de espaço”, sublinhou.
Situado no bairro do Compão, o Hospital Geral do Lobito tem como subunidades a Maternidade na Restinga, Hospital Pediátrico no bairro da luz, Centro Médico no bairro São João, Hospital Comunal da Catumbela, Centros Médicos nas Comunas da Canjala e Biópio, centros médico no bairro 17 de Setembro e materno infantil na zona alta do Lobito, entre outras unidades sanitárias estatais e privadas.

Cruz Azul e Jhpiego realizaram exposição de produtos de combate à malária

As organizações não governamentais Cruz Azul de Angola e a Norte-americana Jhpiego com parceira da Direcção Provincial de Saúde e financiadas pela Esso Angola, realizaram terça-feira última uma exposição de produtos de combate à malária e reflexão sobre o impacto negativo da doença nas mulheres grávidas em Benguela, no âmbito das celebrações do 25 de Abril, dia mundial de combate a malária.

Sob o lema "A prevenção da malária na mulher grávida", as ONG’ s expuseram produtos como mosquiteiros, panfletos com informação de prevenção e combate à doença, bem como a realização de palestras e teatros.
  
Em declarações ao Uhayele M´ombaka, o director executivo da Cruz Azul, Castilho Singelo, considerou que apesar do esforço do Governo, ainda é notória a fraca presença das mulheres grávidas nos centros de saúde e não só.
  
Castilho Singelo explicou que a Cruz Azul tem vindo a reforçar a parceria entre a comunidade e os centros de Saúde mais próximos desta, por exemplo, sensibilizar, capacitar e promover o acesso a meios de protecção e de tratamento contra a malária.

Por seu turno, a consultora regional de Saúde Pública e Comunitária da Esso Angola, Ana Margarida Setas, classificou o trabalho das Ong positivo, pelo facto do projecto estar a diminuir consideravelmente a morbi-mortalidade por malária.

Realçou que, há ainda muito por se fazer para o combate à doença, muito embora exista actividades para o ano inteiro, o dia 25 serve para reflectir, avaliar e reforçar os esforços na luta contra a malária.

Já Ana Margarida Setas reforçou que o apoio da Esso Angola é multi-facetico e faz-se por intermédio de parceiros e de organizações não governamentais que tem muita prática e muito conhecimento em trabalho de campo.

A ExxonMobil e a Esso Angola estão empenhadas em maximizar os resultados de todos os programas já financiados por assegurar o seu alinhamento com o Ministério da Saúde e com o Programa Nacional de Controlo da Malária. 

A Companhia Líder na Luta contra a Malária, a ExxonMobil já disponibilizou, desde 2000, mais de 100 milhões de dólares.

A Esso Angola é uma afiliada da ExxonMobil e está presente em Angola desde Agosto de 1994, sendo o operador do Bloco 15 com 40 porcento de participação.


Participaram da exposição, Ong´s nacionais e estrangeiras financiadas pela Esso Angola e ExxonMobil Angola que participam na luta contra malária.

País realiza campanha sincronizada contra a pólio com países vizinhos

A segunda fase da campanha de luta contra a poliomielite, a decorrer de 28 a 30 do mês em curso, nas 18 províncias de Angola vai abranger as Repúblicas da Namíbia, Zâmbia, Congo Democrático e Brazaville.

No quadro do esforço mundial para a erradicação da pólio, os Governos dos cinco países vizinhos decidiram realizar de forma sincronizada a segunda fase da campanha de vacinação, para abranger um número maior de crianças, assim como combater o  vírus selvagem nessas regiões.

De acordo com uma nota do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), enviado à Angop hoje, terça-feira, até o dia 15 de Abril, 39 casos de poliovirus selvagem foram registados nesta sub-região, sendo 36 na República do Congo, dois em Angola (província do Kuando Kubango) e um no Congo Brazaville.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS), nesse mesmo periodo (15 de Abril), 73 casos de poliovirus selvagem foram reportados em nove países de África nomeadamente: Angola, Chade, República do Congo, Côte d’Ivoire, Gabão, Mali, Niger, Nigéria e o Congo Democrático.

Segundo a nota, a região Africana possui 68% dos casos de poliovirus selvagem notificados em todo o mundo.

Na primeira fase da campanha de vacinação contra a Poliomielite a nível nacional, que decorreu de 25 a 27 de Março deste ano, cujo lançamento decorreu na província da Lunda Sul com a presença do vice-presidente de Angola, Fernando da Piedade Dias dos Santos, sete porcento das crianças ficaram sem ser imunizadas, segundo o relatório da monitoria pós-campanha.

Apesar deste resultado estar acima da meta recomendada de cinco porcento, constitui para o Ministério da Saúde e parceiros, um importante avanço comparando com as campanhas anteriores, em que o número de crianças não vacinadas era acima de 12.

“Existe um compromisso nacional de interromper a transmissão do poliovírus selvagem até finais de Junho do corrente ano. Para atingirmos esta meta, esforços deverão ser redobrados no sentido de assegurar que todas as crianças menores de 5 anos sejam vacinadas durante as campanhas e a vacinação de rotina seja reforçada em cada município”, sublinhou em nota de imprensa o representante da OMS em Angola, Rui Gama Vaz.

Rui Vaz garantiu estarem já criadas as condições técnicas e materiais para o êxito pretendido nesta segunda fase de luta contra a pólio.

“Temos vacinas disponíveis, conhecimentos e nada justifica que continuemos a ter crianças que fiquem paralisadas e incapacitadas
para toda a vida por falta da vacinação”, disse. 
 
As províncias com maior índice de crianças não vacinadas foram, nomeadamente, Namibe (17%), Moxico (13%), Huambo (12%), Kwanza Sul (11%), Luanda (11%) e Malange (8%).

Estas províncias vão merecer maior atenção e nelas  será reforçada a implementação das estratégias planificadas para esta campanha.

Por sua vez, o representante do Unicef em Angola, Koenraad Vanormelingen, garantiu que a sua instituição continua a apoiar  Angola para que todas as crianças sejam vacinadas e livres da ameaça de contraírem a paralisia.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Ministro namibiano pede envolvimento no combate à malária

O ministro namibiano da Saúde, Richard Kamwe, pediu hoje (segunda – feira), no município de Namacunde, província do Cunene, o envolvimento da população nas acções que visam combater à malária na fronteira entre os dois países, para a sua melhor eliminação.

Richard Kamwe fez o apelo no acto da assinatura do protocolo transfronteiriço de luta contra a malária, referindo que este é um grande desafio que os países vão desenvolver ao longo da fronteira comum e que carece do envolvimento sério de todos para se atingir os objectivos preconizados.

“Estamos aqui para dar iniciativa desta actividade transfronteiriça como vocês sabem que Angola e Namíbia partilham uma longa fronteira e boas relações bilaterais e como resultado disso verifica-se diariamente um bom movimente migratório de entrada e saída de pessoas e bens”, afirmou.

Richard Kamwe frisou que para esse desafio alcançar os objectivos pretendidos em relação ao combate da malária deve-se redobrar esforços como sempre, tendo em conta que, com este movimento livre de pessoas, a doença pode passar de um lado para o outro.

Sublinhou que se deve trabalhar em colaboração para se conter algumas destas doenças como a pólio, sarampo, tuberculose, diarreias, que afectam mais crianças, razão pela qual a três anos Angola, Namíbia e Republica do Congo implementaram uma vacina de sincronização para que a doença não se transmita fora das fronteiras.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mais de 700 milhões africanos expostos ao paludismo

Setecentos e 95 milhões de africanos estão expostos ao paludismo e 90 porcento de mortes por essa doença ocorre no continente africano, disse hoje, no Cunene, o representante em Angola da OMS, Rui Vaz.

No acto de lançamento da Iniciativa Transcunene que aconteceu em Namacunde, Cunene, o responsável frisou que as populações mais atingidas são pobres e desfavorecidas, crianças,   mulheres, principalmente as afectadas pelas catástrofes naturais.

“Uma análise recente realizada sobre a prevenção do paludismo em 35 países da região africana, estima-se que cerca de 736 mil mortes foram evitadas entre 2000 e 2010”, informou.

De acordo com a fonte, dados epidemiológicos indicam também uma redução de 50 porcento de casos de malária nos últimos dez anos, apesar desta diminuição ser mais lenta nos países hiperendemicos, o que confirma que a redução é possível mesmo nas áreas de elevadas transmissões.

Para Rui Vaz, esta iniciativa alcançada hoje vai contribuir para reforçar a cooperação existente entre Angola e a Namíbia no âmbito da prevenção e controlo das doenças transmissíveis, especialmente nas zonas transfronteiriças.

Servirá também como porta de entrada para intensificar actividades relacionadas com o acesso aos serviços de saúde entre as populações de ambos os países que vivem ao longo da fronteira comum, a definição de protocolos terapêuticos relacionadas com as doenças mais prevalentes, como a Sida, tuberculose, malária e  a monitoria das resistência ao anti-malárico, antiretrovirais e tuberculostáticos.

O reforço da vacina de rotina e melhoria da cobertura vacinal, de acordo com Rui Vaz, através das campanhas nacionais de vacinação sincronizadas contra a pólio, bem como na partilha de informação epidemiológica para a preparação e respostas às doenças potencialmente epidémicas, entre outras.


Por seu turno, o coordenador para a malária na SADC, KAKA Modingo, disse que a sua organização continuará a apoiar Angola nas suas actividades contra a malária, oferecendo apoio com equipas de monitorização e inspecção das áreas.

À semelhança do que aconteceu hoje entre estes dois países, o mesmo terá lugar na fronteira com o Botswana e a província angolana do Kuando Kubango.

Controlo da malária será uma realidade nos próximos dois anos - diz José Van-Duném

O controlo da malária na região fronteiriça entre Angola e Namíbia será uma realidade nos próximos dois anos, com a implementação de várias acções associadas aos esforços do Executivo angolano no programa integrado de desenvolvimento rural e combate à pobreza.

Estas considerações são do  ministro José Van-Dúnem aquando do lançamento da Iniciativa Transcunene contra a malária entre Angola e a Namíbia, que teve lugar no município de Namacunde, Cunene, durante a qual foi rubricado um acordo entre as partes.

O ministro apontou como acções a luta antilarval, lançada há dois anos,  e aumento da cobertura de distribuição das redes mosquiteiras, com o apoio da iniciativa presidencial americana na pulverização intradomiciliar.  

Acrescentou que a comunidade da região da SADC está engajada na redução do fardo da malária e considera viável a eliminação desta doença até 2015, em quatro países, nomeadamente África do Sul, Namíbia, Swazilândia e Botswana.

Para tal, outros quatro países, sendo Angola, Moçambique , Zâmbia e Zimbabwe deverão engajar-se num esforço conjugado para que ao longo das respectivas fronteiras se possa desenvolver uma acção de bloqueio de transmissão da doença para os países alvo em uma primeira fase, seguido de uma segunda para eliminação nos restantes países.

"Esta iniciativa está a ser extensiva às outras grandes endemias que têm preocupado Angola e a Namíbia, nomeadamente a tuberculose e ao VIH/Sida, já identificadas no recente encontro no Rundu, Namíbia, entre os peritos dos dois países”, disse.

Para o ministro, ainda há um trabalho árduo a percorrer para que a eliminação da malária nas sub-regiões da África Austral seja um facto, sobretudo no contexto de instabilidade política e de crise financeira que o mundo atravessa.

"Seja Executivo, empresa pública ou privada, instituições de caridade ou indivíduos singulares, todos devemos contribuir para a consolidação dos progressos obtidos até a presente data e gerar ganhos para a saúde no geral, rumo ao cumprimento das metas de desenvolvimento do Milénio", sublinhou.

Segundo o ministro, neste dia, os países endémicos têm a oportunidade para repensar no que ainda pode ser feito para se mudar o actual quadro, que novas forças devem ser chamadas para a materialização do tema deste ano "alcançar progressos e causar impacto".

Devido às enchentes no Cunene, disse, as estruturas foram abaladas mais os indicadores de saúde mostram que as doenças previsíveis não surgiram com impacto, por causa da maior mobilização do governo, de todas as forças vivas da província.

As chuvas também provocaram danos na vizinha Namíbia, impedindo a ida de crianças à escola, a circulação de pessoas e bens entre outros males, pelo que Angola disponibiliza-se para servir as populações dos dois lados, no âmbito dos laços que unem os dois países. 

José Van-Dúnem disse que apesar da mortalidade baixar drasticamente no país, muitos casos continuam a ser registados, por isso, "devemos estar preparados para os novos desafios que a chuva está a criar, nomeadamente o saneamento básico, cuidados com a água para beber e a situação da nutrição de crianças e mulheres grávidas.

Entretanto,  o ministro congratulou-se, reafirmando o seu apreço pelo apoio dado nesta luta pelas organizações das Nações Unidas, parceiros tradicionais, as Forças Armadas, polícia, entidades tradicionais e religiosas, entre outras.

EUA reconhece evoluções no combate à malária em Angola

As acções do Governo angolano e seus parceiros têm surtido efeitos desejáveis no programa de combate à malária, reconheceu esta segunda-feira, em Luanda, o Governo norte-americano.

As acções pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC).
 
O documento, emitido por ocasião do Dia Mundial da Luta contra a Malária, refere que os Estados Unidos se unem ao Governo da República de Angola para comemorar a efeméride e no combate a endemia.

“Uma vez mais, o Governo dos Estados Unidos celebra as vitórias, e reafirma o seu compromisso para com Angola no sentido de vencer esta doença possível de prevenir e tratar”, refere o comunicado, acrescentado que a malária continua  ser a causa principal de morte para crianças menores de cinco anos em África, matando aproximadamente oitocentas mil pessoas por ano.

Até a presente data mais de seis milhões de angolanos foram protegidos da Malária com mecanismos diversos.

Entre as medidas de prevenção e tratamento contam-se a distribuição de mais de 15 milhões de tratamento completo do medicamento Coartem, 3.3 milhões de redes mosquiteiras e de 2.3 milhões de testes de diagnóstico rápido.
Saúde
Chevron reafirma forte engajamento no combate à malária em Angola  

 A empresa petrolífera Chevron Cabinda Golf reafirmou hoje, em Luanda, a sua determinação em continuar a trabalhar com o Governo angolano, as comunidades e demais parceiros para a erradicação da malária no país.

Segundo a directora médica da instituição, Ana Ruth, é necessário haver um esforço em conjunto e contínuo de todos para que os índices de malária continuem a baixar e que Angola possa contar com todos os seus filhos para o grande esforço de reconstrução nacional em curso no país.

Adiantou ainda que a companhia confirma o seu compromisso de apoiar os esforços do Ministério da Saúde no combate à malária, contribuindo assim para a redução do número de mortes.

“Estamos empenhados em educar as pessoas a ter um comportamento correcto, além das iniciativas directas junto das pessoas na sociedade”disse.

Avançou que as acções internas efectuadas pela Chevron visam sensibilizar os trabalhadores e em simultâneo, torna-los agentes de prevenção da doença.

Fez saber que na província de Cabinda o evento público consistirá numa feira de sensibilização, durante a qual serão distribuídos mosquiteiros impregnados e material informativo.

A empresa realiza esta semana diversas actividades em Luanda e Cabinda dirigida ao público e a trabalhadores, visando assinalar o Dia Mundial da Luta conta a Malária que hoje se assinala.

Em Alusão a data sobre o Dia Mundial da Luta contra a Malária, a Chevron realizou um evento interno de enternecimento aos seus trabalhadores actividades para a prevenção da referida patologia.

A 17 de Abril do ano corrente o grupo da Chevron promoveu actividades similares nas províncias do Kwanza Norte e Malanje e a iniciativa consistiu numa campanha de sensibilização e distribuição de mosquiteiro e ainda doados microscópios e consumíveis
diversos para o diagnóstico da malária ao hospital pediátrico daquela província.

No quadro do seu programa de luta contra a malária em 2009 a empresa petrolífera doou 5 milhões de dólares ao Ministério da Saúde para apoio a programas do combate a esta epidemia, distribuindo cerca de 154 mil mosquiteiros impregnados.

Assinala-se hoje o dia Mundial de Luta Contra a Malária

Assinala-se hoje, 25 de Abril, o Dia Mundial de Luta Contra a Malária, instituído em 2007 durante uma sessão da assembleia da Organização Mundial da Saúde.
A efeméride tem como objectivo relembrar a existência da malária e incentivar o esforço global para a luta contra esta doença. Este dia torna-se numa boa oportunidade para os países afectados trocarem experiências e apoio mútuo.

Segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde, publicado em Dezembro de 2010 “um aumento fenomenal” dos esforços para combater a malária permitiu salvar centenas de milhares de vidas desde 2000, embora 781 mil pessoas morreram da doença em 2009.

A distribuição de dezenas de milhões de mosquiteiros tratados com insecticidas e a maior utilização de pulverizações contra os mosquitos tiveram um impacto considerável, segundo o relatório anual da OMS sobre malária.

O número de mortos atribuídos a este mal caiu de 985 mil em 2000 para 781 mil em 2009. Cerca de 90 porcento das mortes por malária ocorreram em África e 92 porcento delas são de crianças com menos de 5 anos.

Pela primeira vez em 2009, nenhum caso de malária transmitido localmente foi relatado na Europa. Marrocos e Turquemenistão foram adicionados à lista de países onde a malária está erradicada, segundo a OMS.

Ao longo da década passada, o número de casos confirmados da doença e de mortes caiu mais de 50 porcento em onze países da África, destacou o relatório.

Na China, o número de casos foi reduzido em mais da metade ao longo dos dez últimos anos e, na Índia, a incidência da doença baixou cerca de um quarto.

Apenas três países do mundo, Ruanda, São Tomé e Príncipe e Zâmbia, registaram em 2009 um aumento de casos.

Ray Chambers, emissário especial da ONU para malária, previu que o objectivo das Nações Unidas de acabar com as mortes causadas pela malária pode ser atingido até 2015.
  
"Os resultados contidos neste relatório são os melhores em décadas. Depois de tantos anos de deterioração e estagnação, os países e seus parceiros (...) passaram para a ofensiva", declarou a directora-geral da OMS, Margaret Chan, durante uma conferência de imprensa.

Um esforço sem precedentes foi fornecido para manter a dinâmica, destacou, explicando que 106 países ainda são atingidos pela doença de maneira endémica, desses 43 na África Subsaariana.
   
"Os investimentos na luta contra a malária estão a dar resultados", garantiu. Em menos de três anos, o número de mosquiteiros distribuídos aproximou-se do objectivo dos 350 milhões.

A malária ainda é uma doença grave que provoca febres e muitas vezes mortais.
Atinge especialmente as crianças com menos de cinco anos de idade e mulheres grávidas.

Em 1897, Ronald Ross descobriu que a fêmea de um mosquito, com a sua picada destruía os glóbulos vermelhos da pessoa afectada.

Rubricado acordo de combate à malária

Os ministros da Saúde de Angola e da Namíbia, José Van-Dúnem e Richard  Kamwa,  rubricaram hoje, em Namacunde, província do Cunene, um protocolo transfronteiriço de luta contra a malária.

As partes comprometem-se a implementar uma cooperação técnica no controlo da malária nas regiões fronteiriças, criando mecanismos efectivos para o controlo e eliminação da doença no norte da Namíbia e eventualmente no sul de Angola.

O protocolo consubstancia-se na pulverização intra-domiciliar e distribuição de mosquiteiros tratados de longa duração, com uma cobertura suficientemente elevada para proteger a comunidade e reduzir o potencial de transmissão.

É ainda objectivo a colaboração e partilha da logística e infra-estruturas de transportes para a distribuição de mercadorias essenciais para a malária de uma forma atempada e eficiente nas áreas transfronteiriças, particularmente através da distribuição do porto Walvis Bay e Oshikango (Santa Clara) fronteira terrestre, bem como a facilitação do processo nas fronteiras para acesso rápido às comunidades com a troca de pessoal e isenção alfandegária de meios.

O acordo visa ainda a partilha mútua de conhecimentos e experiências no controlo da malária em Angola e Namíbia, em pulverização residual interdomiciliar, bem como a partilha solene de dados sobre a transmissão da doença e de surtos para apoio, preparação e respostas às epidemias.

O presente acordo tem uma duração de dois anos renováveis automaticamente por períodos iguais, salvo se uma das partes decidir retirar-se, por escrito, mediante notificação à outra parte, com seis meses de antecedência.

NOSSO ARQUIVO

NOSSOS VISITANTES