O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Alberto Pinto de Sousa, informou hoje, em Luanda, que será criada uma base de dados a nível do centro de formação médica que permitirá aos profissionais de saúde acederem a vaga de especialidades em todos os estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Carlos Pinto de Sousa, que falava à margem do V congresso da Comunidade Médica de Língua Portuguesa, disse que tal base vai facilitar a escolha das unidades credenciadas nos vários países.
Segundo o bastonário, se está a avaliar a possibilidade de se criar sinergias dentro da lusofonia, aproveitando o que cada um dos países oferece nos vários domínios, nomeadamente da formação médica e na prestação de serviço.
De acordo com o responsável, o centro de formação médica de Cabo Verde, que é uma experiência piloto, terá de ser replicado com outros países por forma a que a formação seja local, utilizando profissionais vindo de países que tenham médicos diferenciados.
Para Carlos Alberto Pinto, a formação médica deu um grande passo nos últimos anos com a abertura de mais faculdades de medicina, adiantando que apesar disso se deve continuar a trabalhar não só na formação pós-graduada, mas também no domínio da especialização.
“É neste sentido que estamos a criar sinergias com outros países para ver o que temos para dar e o que os outros países têm para oferecer por formas a que os médicos especialistas sejam formados localmente em cada país”, salientou.
Adiantou que o sector da Saúde terá uma rede de formação tanto de especialistas como de docentes para que dentro de alguns anos os países tenham autonomia.
Considerou positivo o balanço dos trabalhos feitos no primeiro dia de congresso, alegando estarem a ser produzidos documentos que vão resultar das conclusões e recomendações.
Manifestou ainda a necessidade de se reforçar a aposta nas áreas de obstetrícia, pediatria e medicina geral para que o país possa contar com especialistas nos vários domínios do conhecimento.
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