Aníbal Kamati
A Organização Cristã Cruz Azul de Angola está a formar 40 parteiras tradicionais como activistas comunitários da comuna do Hanha do Norte (Lobito), a 27 km da sede municipal do Lobito, num projecto denominado “ Unidos participemos na prevenção e controlo de paludismo ou malária na gravidez”, em parceiria com a JHPiego, um parceiro do ministério da saúde no combate à malária em Angola.
Em entrevista ao Uhayele M´ombaka, o director da Cruz Azul, Castilho Singelo, fez saber que o projecto teve início em Fevereiro e tem a duração de 12 meses com uma perspectiva de atingir 200 beneficiários nos municípios Do Caimbambo, Chongoroi e Lobito.
O responsável disse que a estratégia usada neste combate é procurar reduzir a mortalidade materno-infantil e saber o que está por de traz da malária durante a gestação e agindo de modo que dê êxitos, tal como observar as próprias unidades sanitárias.
“E nesta senda estamos aqui, nesta comuna, para reforçarmos aquilo que já existe que são as parteiras tradicionais, analisando as suas capacidade reais trabalho para a comunidade e fazer das pessoas que exercem este trabalho de partos mulheres formadas na matéria a fim de sensibilizar tendo em conta que as mulheres nesta localidade e não só, não têm o hábito de frequentar as unidades sanitárias”, realçou.
Por seu turno a parteira, Adélia Cangombe, atestou que quando são avisados de haver uma gestante em fase terminal, se apresentar sintomas de risco é encaminhado para o hospital regional do Lobito.
Entretanto a maior preocupação para a comuna, quando há casos de gravidezes de risco é no evacuamento dos doentes é a falta de uma ambulância, porque quando o parto é de risco a tendência é deslocar para a sede municipal e não tem sido fácil, disse suplicando que a direcção da Saúde faça alguma coisa
Para a formador do grupo, Celeste Artur, a vantagem é que se pretende melhorar a saúde, principalmente na saúde reprodutiva uma vez que a maioria das mulheres que morrem no parto em Angola a causa é a malária.
Estas mortes, acrescenta, geralmente acontecem quando não cumprem com as quatro consultas pré-natal, porque elas ajudam a proteger a mãe e o bebé do paludismo e outras doenças.
Disse ainda que estão a trabalhar com a comunidade para identificar as senhoras que vivem distantes do posto médico.
“Estamos a formar agentes comunitários que estão subdivididos de 3 à 4 pessoas em cada bairro, identificar quem está doente, qual é a mulher grávida, se dorme de baixo do mosquiteiro, se tem crianças doentes, então as activistas sensibilizam estas pessoas e encaminham ao posto médico. Concluiu a formadora.
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