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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mobilidade da população contribui para a propagação do VIH


A grande mobilidade da população e o elevado número de pessoas em situação de pobreza são factores que contribuem para a disseminação do VIH/Sida na região e tornam o Corredor do Lobito vulnerável a epidemia, afirmou  em Benguela, o representante executivo da Rede Angolana das Organizações do Serviço de Sida (ANASO), António Coelho.

 António coelho, que falava na I Conferência sobre VIH/Sida, considerou a zona do Corredor do Lobito, integrada pelas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico, como importante para o desenvolvimento sócio económico do país.

 Para o responsável, o combate ao VIH e Sida deve ser entendido como um problema de cidadania e todos devem estar comprometidos com o problema, daí a necessidade de se aumentar o financiamento dos programas e projectos já existentes para não se perder os ganhos e melhorar a resposta do Corredor do Lobito.

“ Pretendemos contribuir na melhoria da coordenação do VIH no Corredor do Lobito, fortalecendo os mecanismos de intervenção já existentes e promovendo a participação activa do cidadão na municipalização dos serviços”, frisou.

O representante disse que se pretende discutir e analisar as lições apreendidas e os desafios para a melhoria da resposta nas províncias acima referida.

Segundo o responsável, a questão da Sida é hoje um assunto político que compromete os governos, porque a maioria das pessoas infectadas pelo VIH é de baixa renda.

Adiantou que os governos são chamados a promover políticas públicas inclusivas para o combate a pobreza, a fome, a discriminação as doenças endémicas, como a Sida, e que promovam o género e os direitos humanos.

Salientou também que o executivo deve trabalhar cada vez mais com as organizações da sociedade civil para que as comunidades beneficiem mais do trabalho que se realiza e se desenvolve na região.

As questões como as políticas públicas em saúde, a coordenação das acções, os mecanismos de financiamentos, a extensão dos serviços de prevenção cuidados e apoios e tratamento, participação das comunidades, inserção das pessoas vivendo com VIH e do sector privado serão aspectos reflectidos durante os três dias da realização desta conferência.

Estarão ainda em analise o papel da comunicação social, as parcerias locais, bem como a necessidade da criação de um fundo regional para o apoio a acção de combate a Sida e a criação de uma rede de apoio as pessoas vivendo com VIH na região.

 A actividade conta com a presença de 60 delegados provenientes das províncias do Huambo, Bié, Moxico e Luanda e será ministrado por especialistas nacionais em matéria de VIH/Sida.

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